Islamabade - As principais forças políticas do Paquistão vão reunir-se hoje, para negociar alianças com vista à formação de um governo, depois de nenhum partido ter conseguido a maioria nas eleições gerais de quinta-feira.
O Partido Popular do Paquistão (PPP), em terceiro lugar, vai reunir hoje para decidir sobre a possível aliança com o Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI) do antigo presidente Imran Khan, que se encontra na prisão, e com a formação rival, a Liga Muçulmana (PML-N) de Nawaz Sharif que foi primeiro-ministro durante três mandatos cita à agência de notícias espanhola EFE,
Segundo o porta-voz do PPP, Hafiz Naeem, a reunião do comité executivo central do Partido Popular do Paquistão vai se realiza hoje, às 19h00 (14 horas em Lisboa) para decidirem o futuro do partido.
Os 54 lugares conquistados pelo partido do antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Bilawal Bhutto-Zarzadi, filho de Benazir Bhutto (1953-2007), são fundamentais tanto para Nawaz Sharif, que elege 75 deputados, como para os quase 100 independentes eleitos e que são apoiados por Khan.
Com estes votos, as duas forças rivais ultrapassam os 133 lugares necessários para formar um governo.
O PPP reuniu-se no domingo na cidade de Lahore com os dirigentes do PML-N para discutir a situação geral do país.
"Os líderes concordaram em cooperar politicamente para conduzir o país à estabilidade política", afirmaram as duas forças numa declaração conjunta.
Entretanto, uma equipa de advogados e dirigentes do PTI vai reunir-se com Khan na prisão de Rawalpindi, onde o antigo presidente se encontra desde Agosto do ano passado, para discutir a estratégia do partido após as eleições gerais.
"Embora a decisão final seja de Imran Khan, é improvável que seja feita uma aliança com o PPP", disse à EFE o porta-voz do PTI, Ahmed Janjua.
Os meios de comunicação social locais indicam que Nawaz Sharif admite entregar a liderança das negociações ao irmão, o antigo primeiro-ministro Shehbaz Sharif.
A lei paquistanesa estipula que os membros eleitos devem reunir-se no prazo de 21 dias após a eleição, excepto se forem convocados pelo chefe de Estado. AM