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Partido Primero Justicia concorre contra Maduro nas eleições na Venezuela

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  • Luanda • Sábado, 22 Fevereiro de 2025 | 09h52
Mapa da fronteira entre a Venezuela e a Calômbia
Mapa da fronteira entre a Venezuela e a Calômbia
Divulgação

Caracas - Militantes de Primero Justicia (PJ), um dos principais partidos da oposição, aliado de Edmundo González Urrutia e Maria Corina Machado, anunciaram sexta-feira que vão participar nas eleições regionais e legislativas de 25 de Maio.

Num comunicado divulgado em Caracas, condenam a posição da direcção do partido que dizem, apela à abstenção porque o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não divulgou as atas das eleições presidenciais de 28 de Julho de 2024, que deram a vitória a Nicolás Maduro, mas cujos resultados a oposição contesta.

"Os membros do Comitê Político Nacional do PJ, acompanhados por dirigentes municipais e estaduais, reuniram-se na cidade de Caracas para manifestar o nosso repúdio pela posição inconsulta, expressada publicamente por um grupo da Direcção Nacional do partido, de apelar à abstenção nas próximas eleições (...). Firmemente empenhados na defesa dos resultados de 28 de Julho de 2024, acreditamos que a melhor forma de fazer valer a vontade de mudança do grande país é derrotar Maduro com votos", explicam.

Afirmam que "a abstenção, como política, falhou, cada vez que foi ensaiada" e que "há mais de três anos, o partido adoptou a estratégia da unidade e do voto, que se concretizou com as eleições regionais de 2021, que abriram as portas à vitória (que a oposição reclama) em 28 de Julho de 2024".

"O apelo a não votar é simplesmente perseverar num erro comprovado.  Apelamos a todos os líderes da oposição que se unam para defender o voto como um instrumento de mudança. Nos regimes autocráticos, qualquer processo eleitoral é frequentemente afectado por irregularidades, falta de garantias e manipulação. No entanto, é devido a estas circunstâncias adversas que a participação nas eleições continua a ser um acto de importância estratégica. A abstenção é contraproducente e reforça a autocracia", explicam.

O comunicado explica que "votar é uma ferramenta de resistência" em que "a participação em massa pode tornar-se em uma forma de protesto" e tornar "a fraude mais difícil e a falta de apoio popular do governo mais evidente".

Também que as eleições são "um catalisador para a organização e a mobilização social: Quando as pessoas vão às urnas, gera-se um sentimento de acção colectiva. A abstenção, pelo contrário, favorece a apatia, o imobilismo e o desencanto; enfraquece qualquer possibilidade de acção coordenada".

Explicam que "em contextos autocráticos, os governantes procuram perpetuar a narrativa de que têm apoio popular: Se se abstiverem de votar, o governo manipula os resultados e faz parecer que a população não está interessada em política. Uma elevada taxa de participação dificulta sempre a manipulação e expõe o descontentamento social".

Por outro lado, a mobilização "pode desmoralizar as bases do regime, criar contradições e encorajar posições críticas, enquanto a abstenção reforça o sentimento de inevitabilidade e estabilidade do governo autoritário".

"Como parte de nossa estratégia de luta democrática, Primero Justicia reafirma a necessidade de formar Comandos em Defesa da Liberdade, da Constituição e do Voto em todo o país, que terão a tarefa fundamental de organizar, mobilizar e articular a sociedade em torno da defesa dos valores democráticos e da resistência cívica às ameaças do governo".

Convidam a preparar "todas as acções necessárias para rejeitar e derrotar a reforma constitucional" que o Presidente Nicolás Maduro "está a tentar impor".

"Sabemos que esta reforma não visa melhorar a qualidade de vida dos venezuelanos, mas sim consolidar o poder do regime, acabar com o Estado de direito, eliminar os espaços de participação dos cidadãos e perpetuar a crise política, social e económica", sublinham.

Insistem que a abstenção é um erro que "só trará arrependimento".

"Votaremos sempre. Participaremos nas eleições e em qualquer tentativa de alteração da Constituição que implique uma regressão dos direitos políticos, económicos e sociais, convictos de que tudo o que desafie o regime é do interesse dos venezuelanos", concluem.CS





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