Ancara - O parlamento da Turquia ratificou, esta quinta-feira, a adesão da Finlândia à aliança transatlântica OTAN, segundo avança a agência de notícias Agence France-Presse (AFP).
Os deputados turcos “aprovaram unanimemente a candidatura da Finlândia”, segundo noticia a AFP.
A decisão surge cerca de duas semanas após o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ter dado ‘luz verde’ à ratificação, durante uma visita de estado do seu homólogo finlândes, Sauli Niinis-to.
No entanto, ressalvou que as negociações com a Suécia irão continuar.
Com a ratificação da Turquia, a Finlândia passa a ter a aprovação de todos os 30 estados-membros da OTAN.
Com a invasão russa da Ucrânia, a 24 de Fevereiro do ano passado, a Finlândia e a Suécia decidiram alterar a sua política de não-alinhamento militar, em vigor desde os anos 1990, ela mesma herdada de décadas de neutralidade imposta ou escolhida, pedindo a adesão à OTAN em Maio de 2022.
Apesar da ratificação da Finlândia, a situação é mais delicada para a vizinha Suécia, que ainda enfrenta objecções da Turquia.
A Turquia acusa em especial a Suécia de ser um refúgio para terroristas curdos e de recusar extradições, que são, na prática, decididas pela justiça sueca, não pelo Governo.
No início desta semana, também o parlamento húngaro, controlado pelo partido do primeiro-ministro nacionalista Viktor Orbán, ratificou a adesão da Finlândia à OTAN, após meses de hesitações.
À semelhança da Turquia, também a questão da adesão da Suécia será discutida mais tarde.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de Fevereiro de 2022 com o objectivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.
Essa operação da Rússia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
No entanto, a ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.GAR