Vaticano - O Papa Francisco disse hoje que reza pelos habitantes de Los Angeles, onde os fortes incêndios que assolam região causaram várias mortes e destruíram milhares de casas, e reiterou a sua solidariedade para com todos os afectados, noticiou o site Notícias ao Minuto.
“Estou próximo da população de Los Angeles, na Califórnia, onde nos últimos dias se registaram incêndios devastadores. Rezo por todos vós", declarou o Papa Francisco durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro.
Até à data, os incêndios destruíram mais de 12.000 edifícios, havendo 16 mortes confirmadas pelas autoridades locais.
No sábado, o pontífice enviou um telegrama ao arcebispo de Los Angeles, José Gómez, onde expressa a sua tristeza "pela perda de vidas e pela destruição generalizada causada pelos incêndios".
Antes da oração do Angelus, o Papa Francisco batizou 21 crianças, numa cerimónia que decorreu na Capela Sistina e que comemora o baptismo de Jesus nas águas do rio Jordão.
Na cerimónia, Francisco pediu aos pais para fazerem com que os bebés se sentissem bem durante o baptismo: "Se estiverem com fome, amamentem-nos para que não chorem. Se estiverem com demasiado calor, troquem-lhes as roupas. Mas deixem que se sintam confortáveis porque hoje mandam eles e nós devemos servi-los".
Numa das poucas cerimónias que têm lugar na Capela Sistina (onde decorrem os conclaves para a eleição do papa), o pontífice deixou umas breves palavras, pedindo para que estas crianças, tradicionalmente filhos e netos de funcionários do Vaticano,
"cresçam na fé, na verdadeira fé, na verdadeira humanidade e na alegria da família".
Também hoje, o Papa enviou uma mensagem ao povo cigano de Espanha para assinalar os 600 anos de presença no país, onde lembra que a sua história "foi marcada pela incompreensão, rejeição e marginalização" e que "ainda há preconceitos a superar e situações dolorosas a enfrentar".
"Queridos primos e primas, tios e tias, querido Povo Cigano de Espanha", lê-se na carta, que usa, assim, os termos que os ciganos utilizam para se referirem entre eles e em que o Papa aproveita para lhes "mostrar afecto, reconhecer os seus valores e encorajá-los a encarar o futuro com esperança".
"Estou ciente de que a vossa história foi marcada pela incompreensão, rejeição e marginalização. Mas, mesmo nos momentos mais difíceis, descobriram a proximidade de Deus", acrescentou Francisco.
O pontífice acrescenta ainda ser "justo reconhecer o esforço realizado nas últimas décadas pelo povo cigano, pela igreja e pela sociedade espanhola como um todo, para embarcar num novo caminho rumo à inclusão que respeite" a identidade deste povo.
E, afirmou, ainda que este caminho "tenha produzido não poucos frutos", há que "continuar a trabalhar, porque ainda há preconceitos a superar e situações dolorosas a enfrentar".MOY/CS