Estocolmo - A Suécia e Finlândia entregaram hoje, quarta-feira, as suas candidaturas para ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), nas mãos do Secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, noticiou o site UOL.
Stoltenberg disse que "este é um bom dia num momento crítico para nossa segurança".
Para ele, as candidaturas "são um passo histórico", e a presença dos dois países na OTAN pode aumentar "nossa segurança compartilhada", tendo defendido a expansão da aliança militar.
Os dois países decidiram pedir para ingressar na OTAN, após a Rússia invadir o território ucraniano, numa guerra que hoje chega a seu 84º dia.
Hoje, o Ministério da Defesa da Rússia disse que mais de 694 combatentes ucranianos que estavam no complexo Azovstal, em Mariupol, renderam-se.
"No total, desde 16 de Maio, 959 militantes renderam-se, incluindo 80 feridos."
Azovstal era o último ponto de resistência à invasão russa na cidade portuária, que fica no sudeste ucraniano.
A Defesa russa também indicou ter feito mais ataques em áreas do leste da Ucrânia.
Terça-feira, o ministro ucraniano da Defesa, Oleksii Reznikov, disse que "a Rússia está se preparar para uma operação militar de longo prazo".
A entrada de suecos e finlandeses na OTAN, pode ter contestações. A Turquia já indicou que não seria favorável ao ingresso dos dois países na aliança militar.
Para que um novo membro seja aceite, todos os participantes da OTAN precisam concordar.
Stoltenberg disse que os "interesses de segurança de todos os aliados devem ser levados em consideração" na análise das candidaturas de Suécia e Finlândia.
No pronunciamento quando recebia a candidatura de Suécia e Finlândia, o secretário-geral da OTAN disse que "cada nação tem o direito de escolher o seu próprio caminho".
"Vocês dois fizeram a sua escolha, após processos democráticos completos."
A Rússia fez críticas, ao longo dos últimos meses, a respeito das implicações que a entrada dos dois países na aliança militar traria para a região.
A Finlândia e a Rússia compartilham uma fronteira de cerca de 1.300 quilómetros.