Estrasburgo - O Parlamento Europeu inicia segunda-feira a primeira sessão plenária do ano com uma agenda marcada por temas como a revisão do orçamento.
Além disso, vai analisar o Estado de direito na Hungria e os conflitos em Gaza e na Ucrânia.
Um dos grandes destaques da sessão acontece na quarta-feira, dia em que está agendado um debate sobre a revisão intercalar do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 da União Europeia (UE), que será novamente debatido no Conselho Europeu extraordinário de 01 de Fevereiro, depois de a Hungria ter vetado, em Dezembro, a revisão orçamental e um pacote de ajuda financeira de 50 mil milhões de euros à Ucrânia.
No debate será ainda abordada a situação democrática na Hungria e os fundos congelados no âmbito do contencioso do Governo de Viktor Orbán com a Comissão Europeia.
Podendo ainda ser abordado o lançamento do procedimento que retira direitos a Estados-membros infractores dos princípios da UE.
No âmbito das relações internacionais, os euro-deputados voltam a debater a situação humanitária na Faixa de Gaza, em sequência da retaliação de Israel aos ataques terroristas do Hamas de 07 de Outubro, e o apoio à Ucrânia na resposta à invasão russa, iniciada há quase dois anos.
A influência chinesa em infra-estruturas vitais europeias é outro tema agendado.
Na quinta-feira, último dia da sessão plenária, destacam-se debates sobre a protecção dos ecossistemas marinhos e ainda a recente poluição com minúsculas bolas de plástico nas praias da Galiza, Espanha.
O Parlamento Europeu abordará também questões como o ressurgimento do neo-fascismo na Europa e o combate ao discurso e crimes de ódio.
Na terça-feira, o primeiro-ministro da Bélgica, Alexandre de Croo, debate as prioridades da presidência semestral belga do Conselho da UE.
A sessão plenária é aberta, segunda-feira, com uma homenagem ao ex-presidente da Comissão Europeia Jacques Delors que morreu no passado dia 27 de Dezembro.
Figura da construção do projecto europeu e considerado o "pai do euro", Delors foi presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995, durante três mandatos, incluindo na adesão de Portugal à União Europeia (1986).
No seio da UE, ficou conhecido por ter aprovado o Acto Único Europeu, em 1986, que levou à criação do Mercado Único, o primeiro do género ao nível mundial, em 1993.
Foi protagonista na transformação da Comunidade Europeia em União Europeia, o que permitiu uma transição para a moeda única (o euro) e para uma maior cooperação ao nível da defesa. GAR