Budapeste - O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, manifestou a sua preocupação, segunda-feira, com o facto de alguns Estados-membros da União Europeia (UE) poderem querer enviar tropas para a Ucrânia.
Num discurso no parlamento húngaro, citado pela agência de notícias estatal russa TASS, Orbán afirmou que “toda a Europa está a deslizar para uma guerra passo a passo”, uma vez que os países da UE já estão a enviar tanques Leopard para a Ucrânia e estão a ponderar o envio de aviões de combate.
“Se as coisas continuarem assim, haverá quem possa querer enviar tropas para a Ucrânia”, frisou. “Eles querem arrastar-nos para esta guerra, mas eu peço-vos que não cedam a provocações”, apelou ainda aos deputados.
O primeiro-ministro reiterou a necessidade de um “cessar-fogo” na Ucrânia e de “conversações de paz” e diz ser “por isso que a Hungria insiste na paz em todos os fóruns internacionais”, acrescentando que apoia o plano de paz proposto pela China.
O plano da China defende o respeito pela soberania de todos os países e a integridade territorial, o abandono da "mentalidade da guerra fria" e um cessar-fogo, bem como faz um apelo à "contenção" para "evitar que a situação fique fora de controlo".
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de Fevereiro de 2022 com o objectivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.
A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.