ONU pede fim de violência em Myanmar

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  • Luanda • Sábado, 24 Agosto de 2024 | 11h57

Nações Unidas - A ONU apelou às partes envolvidas no conflito em Myanmar (antiga Birmânia) para cessarem a violência e protegerem os civis, por ocasião do 7.º aniversário da deslocação forçada em massa da minoria rohingya para o Bangladesh.

Em comunicado, Guterres alertou para a "grave situação humanitária e de segurança" no estado birmanês de Rakhine, devido ao agravamento dos combates entre o exército e o Exército Arakan (AA), um grupo étnico rebelde armado, que afectam a minoria muçulmana rohingya.

"O dia 25 de Agosto marca os sete anos da deslocação forçada em massa do povo rohingya e de outras comunidades do Estado de Rakhine, em Myanmar. Cerca de um milhão de rohingya está actualmente abrigado no Bangladesh e mais de 130 mil em toda a região, sem perspectivas imediatas de regresso", lê-se na nota.

O secretário-geral apelou "a todas as partes envolvidas no conflito" para que "ponham termo à violência e assegurem a protecção dos civis conforme as normas internacionais aplicáveis em matéria de direitos humanos e com o direito humanitário internacional".

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos disse também na sexta-feira temer uma repetição das atrocidades cometidas em 2017 contra os rohingyas.

Em comunicado, Volker Türk manifestou grande preocupação com a acentuada deterioração da situação em Myanmar, em particular em Rakhine, onde "centenas de civis terão sido mortos quando tentavam fugir dos combates".

Os confrontos têm abalado este estado birmanês desde que o AA atacou em Novembro as forças de segurança da junta militar que governa o país, pondo fim a um cessar-fogo que tinha sido amplamente respeitado desde o golpe militar de 2021.

De acordo com o alto comissariado das Nações Unidas, nos últimos quatro meses, dezenas de milhares de pessoas, muitas das quais rohingya, fugiram de uma grande ofensiva do AA para assumir o controlo das cidades de Buthidaung e Maungdaw.

Türk lamentou os ataques a civis que fogem do estado de Rakhine e "teme uma repetição das atrocidades cometidas contra os rohingya em 2017".

Centenas de milhares de rohingyas fugiram do estado de Rakhine em 2017, perante a perseguição em larga escala do exército birmanês, que está a ser investigado pelas Nações Unidas por genocídio.

"Este mês marca o sétimo aniversário das operações militares que levaram 700.000 pessoas a atravessar a fronteira para o Bangladesh. Apesar de o mundo inteiro ter dito 'nunca mais', estamos mais uma vez a assistir a mortes, destruição e deslocações" no estado de Rakhine, denunciou o alto-comissário.

O AA, que afirma lutar pela autonomia do grupo étnico rakhine, anunciou a intenção de assumir o controlo de todo o estado. Foi acusado pela diáspora rohingya de expulsar os muçulmanos, saquear e incendiar as suas casas, o que o grupo descreveu como propaganda. JM



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