Nova Iorque - A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou hoje a morte do ministro dos Refugiados e Repatriados nomeado pelos talibãs, Jalil Rahman Haqqani, num atentado reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico em Cabul na quarta-feira.
A Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA) sublinhou, numa mensagem publicada nas redes sociais, que "não pode haver lugar para o terrorismo na busca da estabilidade".
"As nossas condolências às famílias afectadas", referiu a missão, frisando que o ataque provocou vários mortos e feridos.
O Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado executado por um bombista suicida que fez três mortos quando Haqqani saía de uma mesquita na capital afegã.
O bombista, que o esperava à saída, fez explodir um colete armadilhado.
Haqqani foi nomeado Ministro dos Refugiados em Setembro de 2021, depois de os talibãs terem tomado o poder no Afeganistão.
O governante afegão era tio de Sirajudin Haqqani, ministro do Interior e líder da rede Haqqani, uma organização ligada aos talibãs e que mantinha a cadeia de abastecimento de combate durante a guerra.
O grupo Estado Islâmico considera os talibãs traidores da Sharia (lei islâmica) e levou a cabo dezenas de atentados no Afeganistão desde 2021.CS