OMS estabelece mecanismo de acesso a vacinas, tratamentos e testes contra o vírus monkeypox

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  • Luanda • Sexta, 13 Setembro de 2024 | 20h51
Logomarca da Organização Mundial da Saúde (OMS)
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Divulgação

Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje que, juntamente com os seus parceiros, estabeleceu um mecanismo de acesso e atribuição de vacinas, tratamentos e testes contra o vírus monkeypox (Varíola dos Macacos).

"O Mecanismo de Acesso e Atribuição (AAM, na sigla em inglês) aumentará o acesso destes instrumentos às pessoas em maior risco e assegurará que os fornecimentos limitados sejam utilizados de forma eficaz e equitativa", declarou a OMS em comunicado.

Este mecanismo faz parte da resposta à emergência de saúde pública de âmbito internacional declarada pelo director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em 14 de Agosto, na sequência de um surto de Varíola dos Macacos na República Democrática do Congo, explicou a OMS.

"São 15 os países em África que notificaram a ocorrência de Varíola dos Macacos este ano", segundo a agência.

Para Ghebreyesus, as vacinas, "juntamente com outras intervenções de saúde pública" tais como "as terapêuticas e os diagnósticos, são ferramentas poderosas para controlar os surtos de Varíola dos Macacos em África".

"A pandemia da covid-19 ilustrou a necessidade de coordenação internacional para promover o acesso equitativo a estes instrumentos, para que possam ser utilizados de forma mais eficaz onde são mais necessários", exemplificou.

Por isso, reiterou o apelo aos países com reservas de vacinas e outros produtos para que façam doações, a fim "de prevenir infecções, interromper a transmissão e salvar vidas".

O AAM foi criado como parte da rede provisória de contramedidas médicas (i-MCM-Net), segundo explicou a OMS.

"A i-MCM-Net reúne parceiros de todo o mundo, incluindo as Nações Unidas e outras agências internacionais, organizações de saúde, organizações da sociedade civil, indústria e sector privado para construir um ecossistema eficaz para o desenvolvimento, fabrico, atribuição e entrega de contramedidas médicas", indicou.

"A rede foi aprovada pelos Estados-membros da OMS como um mecanismo para funcionar provisoriamente, enquanto prosseguem as negociações para um acordo sobre a pandemia", disse.

Foram prometidas mais de 3,6 milhões de doses de vacinas para a resposta ao Varíola dos Macacos, o que inclui 620.000 doses da vacina MVA-BN prometidas aos países afectados pela Comissão Europeia, Áustria, Bélgica, Croácia, Chipre, França, Alemanha, Luxemburgo, Malta, Polónia, Espanha e Estados Unidos, bem como pelo fabricante de vacinas Bavarian Nordic, enumerou a OMS.

O Japão prometeu três milhões de doses da vacina LC16, o maior número de doses prometidas até à data, acrescentou.

O recente aumento do número de casos de Varíola dos Macacos, juntamente com a disponibilidade limitada de vacinas e outras contramedidas médicas, indica a necessidade de um processo de colaboração e transparência para distribuir estes recursos escassos de forma justa, frisou.

De acordo com a OMS, o AAM funcionará com base nos seguintes princípios orientadores: Prevenir a doença e a morte, atenuar a desigualdade e garantir a transparência e a flexibilidade.

África registou 26.543 casos de Varíola dos Macacos (5.731 confirmados) e 724 mortes pela doença, antes conhecida como varíola do macaco, desde o início do ano, informou o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC Africa) esta quinta-feira.

O Varíola dos Macacos pertence à mesma família de vírus que a varíola, mas provoca sintomas mais ligeiros como febre, arrepios e dores no corpo. As pessoas com casos mais graves podem desenvolver lesões no rosto, nas mãos, no peito e nos órgãos genitais. JM



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