Ancara - A Turquia pediu a extradição de 33 suspeitos "terroristas" da Finlândia e da Suécia, anunciou Ancara um dia após levantar o veto e o acesso dos estados nórdicos à OTAN
O Ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, pediu à Finlândia e à Suécia que "cumprissem as suas promessas" sob o novo acordo, acrescentando: "Pediremos à Finlândia que extradite seis membros do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) e seis membros do FETO (Organização Terrorista Fethullahista) e à Suécia que extradite 10 membros do FETO e 11 do PKK", informa a BBC.
O PKK, formado no final dos anos 70, lançou uma luta armada contra o governo turco em 1984, apelando a um Estado curdo independente dentro da Turquia. Também, os Gulenistas - membros do movimento criminalizado FETO - são acusados pela Turquia de um golpe de Estado falhado contra o Presidente Recep Tayyip Erdogan, em 2016.
Os Estados nórdicos concordaram, na terça-feira, em "responder rapidamente aos pedidos pendentes de deportação ou extradição de suspeitos de terrorismo por parte da Turquia", declarando intenção de aderir à aliança defensiva ocidental de 30 membros em Maio, em resposta à invasão russa.
Embora a Turquia tenha ameaçado inicialmente vetar o seu pedido, na terça-feira, após quatro horas de debate na cimeira da OTAN, entre os presidentes finlandês e turco e a primeira-ministra sueca, em Madrid, os três países chegaram a acordo.
De referir que o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, condenou a expansão da OTAN, apelidando-a de "factor estritamente desestabilizador" e argumentou que "a Cimeira de Madrid afirma o rumo do bloco na contenção agressiva da Rússia".