Faixa de Gaza - O número de mortos provocados por ataques israelitas na Faixa de Gaza ultrapassou hoje 44 mil, afirmaram hoje as autoridades de saúde locais, controladas pelo grupo islamita palestiniano Hamas.
O Ministério da Saúde de Gaza não fez uma distinção entre civis e combatentes na contagem de mortos, mas afirmou que mais da metade das vítimas mortais são mulheres e crianças, citado pela agência Lusa.
As forças militares israelitas adiantam que mataram mais de 17 mil combatentes, mas sem fornecer provas em concreto mas afirmou que mais da metade das vítimas mortais são mulheres e crianças.
O organismo controlado pelo Hamas contabilizou mais de 104 mil ficaram feridas desde o início da guerra.
O número real de mortos é mais elevado, devido aos milhares de corpos enterrados sob os escombros ou em zonas a que os médicos não têm acesso, acrescentaram.
Cerca de 90% da população, de 2,3 milhões de pessoas foram deslocadas, diversas vezes, e milhares vivem em campos de tendas com pouca comida, água ou serviços básicos, acrescentou.
Israel afirma que tenta ao máximo evitar atingir civis e atribui a culpa das mortes ao Hamas, cujos militantes operam em zonas residenciais, onde construíram túneis, infra-estruturas militares e de onde lançam foguetes sobre Israel.
As autoridades palestinianas e os grupos de defesa dos direitos humanos acusam as forças israelitas de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade. Já o tribunal supremo das Nações Unidas está a analisar as alegadas acusações de genocídio apresentadas pela África do Sul contra Telavive, que o governo israelita nega.
Nas últimas semanas, a quantidade de ajuda humanitária a entrar a Gaza tem vindo a diminuir de forma drástica, o que levou os EUA a ameaçar reduzir o seu apoio militar a Israel antes de recuar.
Os especialistas alertaram para o facto de haver uma crise de fome no norte de Gaza, isolado e devastado pela guerra entre Israel e Hamas.
A guerra actual começou depois de militantes do Hamas invadirem o sul de Israel a 07 de outubro de 2023, onde mataram mais de 1200 pessoas, na sua maioria civis, e raptaram outras 250.
Aproximadamente 100 reféns ainda se encontram em Gaza, dos quais pelo menos um terço terá morrido. AM