Pequim – O número de vítimas mortais devido ao forte sismo que na segunda-feira atingiu a província de Sichuan, no sudoeste da China, subiu de 74 para 82, segundo um novo balanço avançado hoje pela imprensa estatal.
Entre os mortos, 46 foram registados na prefeitura autónoma tibetana de Garze, onde está localizado o epicentro do terramoto, e 36 na cidade de Ya'an.
O terramoto, que provocou deslizamentos de terra e sacudiu edifícios, fez ainda 270 feridos.
Pelo menos 35 pessoas estão desaparecidas, dois dias depois de o terramoto de 6,8 de magnitude na escala de Richter, segundo as autoridades chinesas, e de 6,6, segundo o Instituto de Estudos Geológicos dos Estados Unidos (USGS), ter sacudido nesta segunda-feira a vila de Luding, às 12h52 local.
A província de Sichuan, que faz fronteira com o planalto tibetano, onde placas tectónicas se encontram, é regularmente atingida por terramotos. Dois sismos registados em Junho passado causaram pelo menos quatro mortos.
O sismo de segunda-feira foi sentido a 200 quilómetros de distância, na capital da província, Chengdu, onde a maioria dos 21 milhões de habitantes está confinada em casa para travar um surto de covid-19.
A China mobilizou mais de 6.500 membros das forças de emergência, incluindo soldados, bombeiros e médicos, e nove helicópteros para ajudar nos esforços de resgate.
Terça-feira, 50 mil pessoas tinham sido retiradas das áreas afectadas.
O governo chinês já anunciou 50 milhões de yuans (7,29 milhões de euros) para apoiar as operações de resgate e salvamento.
O terramoto mais mortífero da China nos últimos anos, de magnitude 7,9, ocorreu em 2008, e matou quase 90 mil pessoas, em Sichuan.