Ramallah – Pelo menos 195 jornalistas e trabalhadores do sector foram mortos pelo exército israelita na Faixa de Gaza desde o início da guerra, em Outubro de 2023, denunciaram hoje as autoridades do enclave, citadas pela Prensa Latina.
Segundo um comunicado do Gabinete de Comunicação Social do Governo no território, a última vítima foi Muhammad Jabr Al-Qarinawi, que trabalhava como editor na agência de notícias Sanad.
O Governo condenou os ataques contra jornalistas palestinianos e apelou à comunidade internacional para agir imediatamente para proteger os habitantes da Faixa.
O objectivo de tais ataques contra o sector, segundo estimou recentemente Shorouk Al-Asaad, membro do secretariado-geral da União dos Jornalistas Palestinianos, é silenciar qualquer outra narrativa que possa desafiar a versão israelita.
Segundo o sindicato, nos primeiros 12 meses de guerra, o Exército realizou 1.600 ataques contra comunicadores e meios de comunicação nos territórios ocupados.
Desde o início das suas operações em Gaza, o Exército também atacou dezenas de sedes de instituições do sindicato, incluindo os escritórios da Al Jazeera, da Palestina TV, da agência de notícias Maan, bem como dos jornais Al Quds e Al Ayyam.
Este ano, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura concedeu aos jornalistas palestinianos que cobrem o conflito o Prémio Guillermo Cano em reconhecimento pelo seu trabalho. JM