Londres - Nomeado cavaleiro pela Rainha Elizabeth II, o ex-primeiro-ministro trabalhista britânico, Tony Blair, reagiu hoje aos seus críticos que se opõem a tal distinção por causa de sua responsabilidade na intervenção militar britânica no Iraque.
Um reformador dedicado, carismático e enérgico, o agora Sir Tony Blair, de 68 anos, foi um dos primeiros-ministros mais populares da Grã-Bretanha, a ponto de ser reeleito três vezes. Mas o seu currículo e reputação foram irreparavelmente danificados após a decisão de envolver o país na guerra do Iraque em 2003.
Mais de 1,1 milhões de pessoas assinaram uma petição online exigindo a anulação desta condecoração, anunciada quando a lista de enobrecidos pela rainha foi publicada no Ano Novo, acusando-o de ser responsável por "crimes de guerra". Elizabeth II o nomeou "Oficial Cavaleiro da Mais Nobre Ordem da Jarreteira", a mais antiga ordem de cavalaria.
Reagindo a polémica que isto causou, o ex-chefe de Governo (1997-2007) afirmou que aceitava esta homenagem "não para mim como pessoa", mas também para aqueles que foram seus colaboradores "fiéis e empenhados", que contribuíram " em muitas mudanças no país".
"É claro que as pessoas iriam opor-se fortemente a isso. Era algo esperado", disse Blair à rádio Times, enfatizando que muitas pessoas lembram-se "apenas do Iraque (guerra) e não do resto...".