Oslo - O Prémio Nobel da Paz 2022 foi esta sexta-feira atribuído a Ales Bialiatski, da Bielorrússia, e às organizações de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia, anunciou o Comité Nobel Norueguês.
Ales Bialiatski, de 60 anos, actualmente preso na Bielorrússia, fundou a organização Viasna (Primavera) em 1996, para ajudar presos políticos e as suas famílias, na sequência da repressão do governo do Presidente Alexander Lukashenko.
A organização russa Memorial foi criada em 1987, para investigar e registar crimes cometidos pelo regime soviético, mas tem denunciado violações de direitos humanos na Rússia.
O Centro de Liberdades Civis surgiu em Kiev, em 2007, para fazer avançar os direitos humanos e a democracia na Ucrânia.
Os laureados são provenientes de três países em foco devido à guerra na Ucrânia, iniciada pela Rússia em 24 de Fevereiro deste ano, com o apoio da Bielorrússia, um país aliado de Moscovo.
Ao anunciar o prémio, a presidente do Comité Nobel norueguês, Berit Reiss-Andersen, disse que os laureados representam a sociedade civil nos três países.
“Há muitos anos que promovem o direito de criticar o poder e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos. Têm feito um esforço notável para documentar crimes de guerra, abusos dos direitos humanos e abuso de poder”, disse.
“Juntos, demonstram o significado da sociedade civil para a paz e a democracia”, acrescentou Reiss-Andersen.
Em 2021, o Nobel de Paz foi atribuido aos jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitry Muratov, da Rússia, pela defesa da liberdade de imprensa e de expressão.