Muhammad Yunus toma posse como líder do governo interino do Bangladesh

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  • Luanda • Quinta, 08 Agosto de 2024 | 18h28
Mapa do Bangladesh
Mapa do Bangladesh
Divulgação

Daca - Muhammad Yunus, prémio Nobel da Paz, tomou hoje posse como líder do governo interino do Bangladesh em Daca, quatro dias depois da demissão e partida para a Índia da ex-primeira-ministra Sheikh Hasina.

O economista de 84 anos foi empossado numa cerimónia conduzida pelo Presidente do Bangladesh, Mohammed Shahabuddin, segundo o site Noticias ao Minuto.

 "Defenderei, apoiarei e protegerei a Constituição", declarou Yunus durante a cerimónia de tomada de posse, acrescentando que cumprirá as suas funções "com sinceridade", segundo a agência noticiosa France Presse.

Yunus vai governar o país que atravessa uma profunda crise económica e social, agravada após os protestos que começaram a 1 de Julho, nos quais morreram mais de 400 pessoas, e que depuseram Hasina do poder.

O novo governo temporário será composto por cerca de 15 membros e terá como uma das principais prioridades o restabelecimento da normalidade no Bangladesh, após o caos desencadeado pelos protestos estudantis e a violência com que foram reprimidos pelas autoridades.

Yunus, conhecido como o "banqueiro dos pobres", foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 2006 por ter fundado e concebido o Banco Grameen para combater a pobreza no Bangladesh, desenvolvendo o conceito de microcrédito, que concede empréstimos a pessoas pobres que normalmente seriam rejeitadas pelo sistema financeiro.

O economista de profissão tem mantido uma relação tensa com as autoridades desde que Hasina chegou ao poder em 2009.

Se a inimizade com Hasina levou Yunus a enfrentar dezenas de processos em tribunal, a queda da antiga primeira-ministra, após semanas de manifestações que fizeram mais de 400 mortos, catapultou o prémio Nobel para a linha da frente política.

O Bangladesh vive agora o quarto dia de vazio de poder, após a demissão de Hasina e a sua saída do país, sob a pressão dos protestos estudantis que começaram pacificamente a 1 de Julho, mas que se tornaram violentos e acabaram por exigir a demissão de Hasina após a brutal repressão das manifestações. DSC/AM

 





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