Santiago - A jornalista Francisca Sandoval, que foi baleada enquanto cobria uma marcha de 1º de Maio, Dia do Trabalho em Santiago, morreu nesta quinta-feira, depois de ficar 12 dias internada, informou um médico do Hospital de Emergência de Assistência Pública.
Sandoval, de 30 anos, foi uma das três pessoas feridas por tiros durante os violentos confrontos ocorridos no dia 1º de Maio, em actos de protestos em Santiago, capital chilena.
O médico Daniel Rodríguez, chefe da Unidade de Terapia Intensiva do hospital, informou à imprensa que Sandoval "morreu minutos antes das 11h desta quinta-feira, após 12 dias em extrema gravidade".
Ele explicou que a jovem jornalista foi baleada no rosto e teve uma lesão "muito agressiva", que causou uma hemorragia cerebral.
Durante a marcha de 1º de Maio houve incidentes com manifestantes que montaram barricadas, alguns entraram em estabelecimentos comerciais e confrontaram comerciantes.
Em meio aos distúrbios, um grupo de vendedores ambulantes saíram para enfrentar os manifestantes com tiros que atingiram três pessoas.
"Francisca não nos deixou. Eles a assassinaram. Com essas palavras confirmamos a morte da nossa querida Fran. Sentiremos a sua falta e faremos todo o possível para encontrar a verdade", informou o meio de comunicação Señal 3 La Victoria, para o qual trabalhava.
Na semana passada, três autores do tiroteio foram presos.
Num clima de hostilidade generalizada, actos de vandalismo misturam-se em meio a protestos sociais, aumento de grupos de tráfico de drogas em sectores pobres do país e maior presença de armas de fogo sem porte legal entre civis.