MNE chama embaixador do Irão e exige libertação do navio MSC Aries

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  • Luanda • Terça, 16 Abril de 2024 | 16h19

Lisboa – O ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português chamou, esta terça-feira, o embaixador do Irão ao Palácio das Necessidades, em Lisboa, para reiterar a condenação do ataque contra Israel e renovar a "exigência da libertação imediata" do navio MSC Aries.

Numa nota enviada no site Notícias ao Minuto, o ministério tutelado por Paulo Rangel revelou que, durante a reunião, "mantida com o Director-Geral de Política Externa",  reiterou "de forma veemente e categórica a condenação do recente ataque realizado contra o Estado de Israel", manifestando "a sua profunda preocupação com a escalada do conflito na região, e apelou à máxima contenção".

No encontro, o MNE também insistiu na libertação da tripulação do navio MSC Aries, "que deve ser condignamente tratada enquanto o navio se mantiver apresado, dado não se considerarem consistentes as explicações até agora fornecidas".

O Governo português, indica ainda que vai aguardar os resultados desta diligência formal “e avaliará, em função disso”, passos adicionais.

O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria interceptados, segundo o Exército israelita.

Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a acção militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco (Síria), ocorrida a 01 de Abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, e apelou à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

No encontro de hoje, o MNE também insistiu na "exigência da libertação imediata do navio 'MSC Aries', apresado no estreito de Ormuz, à luz das obrigações de Portugal enquanto Estado bandeira".

"Foi igualmente exigida a libertação da tripulação, que deve ser condignamente tratada enquanto o navio se mantiver apresado, dado não se considerarem consistentes as explicações até agora fornecidas", acrescenta a mesma nota.

Forças militares iranianas apresaram, no Estreito de Ormuz na sexta-feira, o navio de carga "MSC Aries", com pavilhão português (registo na Região Autónoma da Madeira), sendo a empresa proprietária a Zodiac Maritime Limited, que faz parte do grupo do empresário israelita Eyal Ofer.

O porta contentores tinha a bordo 25 tripulantes, a maioria dos quais indianos.

O Irão afirmou esta segunda-feira ter capturado o cargueiro por violação das normas marítimas internacionais.

 O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, disse que "o navio foi direccionado para águas territoriais iranianas devido à violação dos regulamentos marítimos internacionais e à falta de resposta às autoridades iranianas".  MOY/AM



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