Ministros ultranacionalistas querem resposta forte contra o Irão

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  • Luanda     Domingo, 14 Abril De 2024    17h05  
Bandeira de Israel
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Pedro Parente-ANGOP

Jerusalém - Vários ministros israelitas apelaram hoje a uma resposta firme ao ataque iraniano de sábado à noite, que dois ministros da coligação governamental, radicais e ultranacionalistas, consideram ser uma oportunidade para "moldar o Médio Oriente", noticiou a EFE.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, declarou hoje, num discurso gravado na rede social X, que "os olhos de todo o Médio Oriente e de todo o mundo" estão a olhar para Israel e apelou a que se aproveitasse a ocasião para formular uma resposta que "ressoe em todo o Médio Oriente durante as gerações vindouras".

"Se o ignorarmos, Deus nos livre, colocar-nos-emos a nós próprios e aos nossos filhos numa ameaça existencial imediata", argumentou Smotrich, após o ataque iraniano de sábado com cerca de 300 drones e mísseis.

Simultaneamente, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, também ele anti-árabe e residente num colonato da Cisjordânia ocupada, afirmou que Israel tem de reagir para "criar dissuasão no Médio Oriente".

Ben Gvir afirmou que, desde o ataque do Hamas em 07 de Outubro, que causou 1.200 mortos em solo israelita, o país está a exercer novas doutrinas de contenção e proporcionalidade, e alegou que a resposta de Israel não pode ser fraca.

O ministro da Cultura e dos Desportos, Miki Zohar, afirmou também que "uma resposta laxista" apenas serviria para dar continuidade ao "conceito obsoleto de lógica razoável face a terroristas brutais" e referiu que este conceito já "falhou" contra o Hamas antes de 07 de Outubro, contra o Hezbollah, que "continua os seus ataques no norte de Israel", e avisou que "falhará contra o Irão, que "não hesitou em atacar directamente Israel".

Benny Gantz, membro do Gabinete de Guerra israelita, líder do partido da oposição Unidade Nacional e principal adversário político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irão é "um problema global" e um desafio para Israel, e considerou que este é um bom momento para uma maior cooperação regional.

"Este incidente ainda não terminou: a aliança estratégica e o sistema de cooperação regional que construímos, que resistiram ao grande desafio (do Irão), devem ser reforçados agora mais do que nunca", sublinhou Gantz.

"Perante a ameaça do Irão, construiremos uma coligação regional e garantiremos que o Irão pague o preço da forma certa e no momento certo para nós", concluiu.

O Irão lançou no sábado à noite um ataque contra Israel em resposta ao bombardeamento israelita do consulado iraniano em Damasco.

O Exército israelita garantiu que foi capaz de repelir a maior parte dos ataques lançados pelo Irão e observou que nenhum dos 'drones' lançados por este país atingiu o território israelita.

As Forças Armadas israelitas também afirmaram ter interceptado 25 dos cerca de 30 mísseis de cruzeiro e quase todos os mísseis balísticos, "mais de 120", que o Irão lançou contra Israel, em ataques que deixaram uma criança gravemente ferida em Israel e outras oito pessoas com ferimentos ligeiros.

Por seu lado, o Governo do Irão descreveu o ataque a Israel como um "sucesso" e, embora tenha anunciado que não tem intenção de continuar com a ofensiva, avisou que voltará a agir se necessário "para proteger os seus interesses".

Entretanto, os Estados Unidos da América não querem uma escalada nem uma "guerra alargada" no Médio Oriente, referiu o porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, após o ataque do Irão contra Israel. AM

 

 





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