Roma - A situação actual na Síria é hoje tema de debate durante uma reunião, na capital italiana, Roma, dos ministros dos negócios estrangeiros dos países do chamado Quinteto, que agrupa Itália, Estados Unidos, França, Reino Unido e Alemanha.
Um comunicado divulgado no site oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano, segundo a Prensa Latina, indica que a reunião será presidida pelo chefe daquele ministério, António Tajani, e Kaja Kallas, actual alta representante para os Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE).
Tajani declarou que “promovi este encontro, nas vésperas da minha missão na Síria, para fazer um balanço da situação no país, um mês depois da queda do regime”, em referência à queda do Presidente no início de Dezembro passado, Bashar al-Assad.
Na reunião desta quinta-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros destas cinco nações avaliarão a actuação do Governo de Transição na Síria, bem como a posição relativamente à Conferência de Diálogo Nacional anunciada pelas autoridades de facto e à elaboração de uma nova Constituição.
O governante italiano destacou a importância que o seu governo atribui à manutenção de “uma estreita coordenação entre os ministros do Quinteto para garantir uma transição pacífica e inclusiva que garanta os direitos sociais, religiosos e políticos” naquele país, “em linha com a mediação dos Estados Unidos”, afirma a nota.
Durante a reunião, realizada no palácio romano de Villa Madama, será avaliado o levantamento das sanções impostas contra aquela nação árabe durante o governo anterior, o apoio económico às actuais autoridades de facto e o possível regresso dos refugiados sírios ao seu país, entre outros temas.
Nos dias 23 e 24 de Dezembro, a Itália enviou a Damasco uma delegação diplomática, presidida pelo director para o Mediterrâneo e Médio Oriente do Itamaraty, Maurizio Greganti, para avaliar as perspectivas das relações após a mudança de governo.
Nos contactos com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Assaad Hassan Al Shibani, indicaram que uma reconsideração do regime de sanções contra aquela nação árabe, apoiada pela UE, “será determinada pelas iniciativas concretas em que os compromissos assumidos internamente e serão traduzido internacionalmente". JM