Cidade do México - O jornalista Antonio de la Cruz foi morto a tiros nesta quarta-feira, em Ciudad Victoria (estado de Tamaulipas), denunciou o jornal Expreso, onde trabalhava, elevando a 12º, o total de comunicadores mortos no país em 2022.
"Esta manhã foi assassinado o jornalista Antonio de la Cruz, repórter do jornal Expreso. As primeiras informações indicam que ele foi atacado em sua casa", publicou o jornal em seu site, citado pela AFP.
A filha do jornalista ficou ferida no ataque, segundo o jornal, enquanto o deputado local Gustavo Cárdenas, amigo do jornalista, disse à televisão Milenio que a esposa da vítima foi baleada na cabeça.
De la Cruz cobria temas relacionados ao campo e ao clima, mas em sua conta no Twitter costumava denunciar supostos actos de corrupção de políticos.
"Diante deste novo acto de violência, o grupo editorial Expreso-La Razón exige que as autoridades em todos os níveis façam justiça", acrescentou o jornal.
Outro dos seus jornalistas, Héctor González, foi assassinado a golpes em 29 de Maio de 2018.
Colegas de De la Cruz afirmaram não saber se o jornalista havia recebido ameaças.
A última nota que publicou foi sobre as altas temperaturas registadas na terça-feira em Tamaulipas.
A Repórteres Sem Fronteiras indicou nas suas redes sociais que está "documentando os factos".
Segundo a RSF, pelo menos 150 jornalistas foram mortos no México desde 2000 e a maioria dos assassinos continua impune.
Segundo contagens de organizações que defendem a liberdade de expressão, De la Cruz é o décimo segundo jornalista morto em 2022 no México, considerado um dos países mais perigosos para os comunicadores.
O governo mexicano, antes deste último crime, registou nove assassinatos pelos quais há 26 detidos.
Este ano é o mais mortal para imprensa junto com 2017, quando 12 jornalistas foram assassinados.