Berlim - A Alemanha ficou a conhecer, no domingo, o próximo chanceler depois da vitória das eleições legislativas ter recaído para o líder do partido da União Democrata-Cristã, Friedrich Merz, noticiou o site Notícias ao Minuto.
O agora chanceler cessante, do Partido Social-Democrata, Olaf Scholz, assumiu uma "derrota histórica".
Friedrich Merz, do partido União Democrata-Cristã (CDU) é o novo chanceler alemão após a vitória das eleições legislativas alemãs, com 26,8% dos votos, no domingo.
Uma "noite histórica" também para o partido da extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) que se tornou a segunda força política na Alemanha com 20,8% da votação.
O Partido Social-Democrata (SPD) do chanceler cessante Olaf Scholz foi o terceiro partido mais votada, obtendo cerca de 11,6% dos votos.
"Precisamos de voltar a funcionar rapidamente"
Após a a divulgação das projecções, assim que as urnas fecharam pelas 18 horas (18h00, em Luanda), o líder da União Democrata-Cristã, Friedrich Merz, acompanhado de vários dirigentes da CDU, subiu ao palco na sede do partido e celebraram de forma pouca efusiva o 'triunfo magro' - que exigirá uma coligação.
"Os democratas-cristãos vão honrar a sua responsabilidade de formar um governo depois de ganharem as eleições alemãs. O mundo lá fora não está à espera da Alemanha e não está à espera de longas conversações de coligação em negociações", declarou Merz nas primeiras palavras dirigidas aos seus apoiantes na sede do partido, em Berlim.
"Precisamos de voltar a funcionar rapidamente, para podermos fazer o que temos a fazer a nível interno e recuperar a nossa presença na Europa, para que o mundo possa ver que a Alemanha está novamente a ser governada de forma fiável", complementou.
Conservador Merz quer formar rapidamente coligação de governo na Alemanha
O líder da União Democrata-Cristã (CDU), Friedrich Merz, congratulou-se com a vitória de hoje dos conservadores nas eleições legislativas alemãs e disse pretender formar rapidamente uma coligação governamental.
Merz rejeita coligação com extrema-direita
"Temos opiniões diferentes sobre a política externa, a política de segurança e a NATO. Podem estender-nos a mão o quanto quiserem, mas não vamos cair numa política errada, querem o posto do que nós", disse o futuro chanceler alemão, num curto debate televisivo com os candidatos dos outros partidos, reforçando que não vai "pôr em causa o legado de 75 anos da União Democrata-Cristã (CDU) só por causa de uma auto-intitulada Alternativa para a Alemanha".
Por sua vez e em resposta às declaração do futuro chanceler, a candidata da Alternativa para a Alemanha (AfD), Alice Weidel, que repetira a sua disponibilidade para formar uma coligação governamental, atacou Merz por pretender coligar-se antes com os socialistas do SPD, do chanceler cessante Olaf Scholz - e eventualmente com os Verdes, se for necessária uma terceira força, em vez de se aliar ao seu partido, defendendo que "as pessoas querem uma mudança de política".
Conservador Merz volta a rejeitar qualquer cooperação com AfD
O líder dos conservadores alemães da CDU, Friedrich Merz, vencedor das eleições de hoje, reiterou a sua rejeição categórica a qualquer cooperação com o partido de extrema-direita AfD, que pouco antes se oferecera para integrar um futuro governo.
A "derrota histórica" dos sociais-democratas alemães
O líder dos SPD e agora chanceler cessante, Olaf Scholz, regiu aos resultados das eleições legislativas como sendo "uma derrota histórica".
"O resultado das eleições é mau e, por isso, assumo a responsabilidade", admitiu o chefe de governo cessante perante os militantes do SPD.
Social-democrata Scholz assume derrota histórica na Alemanha
O líder dos sociais-democratas alemães, Olaf Scholz, classificou hoje os resultados eleitorais como "uma derrota histórica", depois de o partido parecer estar a caminho do terceiro lugar, com 16% dos votos, segundo as primeiras sondagens.CS