Pequim - Um total de 446 aviões chineses, na sua maioria caças, entrou na Zona de Identificação da Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan em Agosto, mais do que os 380 registados no ano de 2020, segundo dados compilados pela agência France-Presse (AFP).
Nos primeiros oito meses de 2022, a China fez 1.068 incursões na ADIZ de Taiwan, ultrapassando o total de 969 em 2021, de acordo com dados do Ministério da Defesa taiwaneses.
Os 23 milhões de habitantes de Taiwan vivem sob a constante ameaça de invasão de Pequim, que vê a ilha como parte do seu território, a recuperar, se necessário, pela força.
Agosto assistiu a um pico nas incursões na ADIZ da ilha, enquanto a China realizava manobras militares sem precedentes, numa reacção contra a visita a Taipé pela líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.
O Partido Comunista Chinês tem repudiado qualquer acção diplomática que possa conferir legitimidade a Taiwan e tem reagido com crescente agressividade às visitas de políticos ocidentais.
Após a visita de Nancy Pelosi, no início de Agosto, a China enviou navios de guerra, mísseis e aviões de combate para as águas e céus de Taiwan durante uma semana.
Os exercícios foram os maiores e mais agressivos desde meados da década de 1990.
Na semana passada, Taiwan anunciou planos para aumentar o orçamento militar para 19,2 mil milhões de euros, um valor sem precedentes.