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Mais de 800 civis morreram em quase um ano na Síria

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  • Luanda • Sexta, 03 Janeiro de 2025 | 12h26
Mapa da Siria
Mapa da Siria
Divulgação

Damasco - O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) declarou hoje que 878 civis morreram na Síria, incluindo 113 crianças, entre 01 de Janeiro e 08 de Dezembro de 2024, dia da queda do Presidente sírio Bashar al-Assad, noticiou o site Noticias ao Minuto.

No seu relatório anual, a organização não-governamental - cuja sede é no Reino Unido, mas que conta com uma ampla rede de colaboradores no terreno - indicou que entre os civis mortos, 113 eram crianças e 125 eram mulheres.

Do total, 343 foram assassinados, enquanto 125 morreram por outros motivos relacionados com a guerra, que dura há quase 14 anos no país.

Outro facto significativo documentado pelo OSDH é que 85 civis, incluindo 13 crianças e 16 mulheres, morreram nos ataques israelitas ocorridos em 2024, enquanto outros 78 às mãos do grupo extremista Estado Islâmico (EI), que embora tenha sido derrotado territorialmente em 2019 na Síria, está ainda presente no vasto deserto do país.

No total, o Observatório documentou 2.704 mortes, incluindo este número de civis e também de membros das forças do regime de Al-Assad e dos seus milicianos leais, que a ONG estimou em 1.075 mortes, principalmente devido aos ataques do EI e da oposição.

Desde o início da guerra na Síria, há 14 anos, segundo mais de 528.500 pessoas morreram, incluindo quase 182.000 civis, segundo o OSDH.

O conflito na Síria começou em 15 de Março de 2011 e, desde então, verificaram-se mais de 64.000 mortes nas prisões do antigo regime "por causa de tortura, negligência média ou más condições".

A queda do regime de Bashar al-Assad, no início do mês de Dezembro, foi provocada por uma ofensiva-relâmpago de forças rebeldes sírias, lideradas por um grupo sunita radical.

Os eventos conduziram a uma recomposição total da Síria e levantaram receios de um ressurgimento das actividades do EI, que historicamente se tem mantido muito activo no Iraque e na Síria, mesmo após o fim do seu califado (2014-2019).CQ/CS
 


 





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