Caracas - O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou o reinício das aulas em todo o país, depois de o ciclone n.º 2 ter perdido força e se ter desviado, sem causar danos graves, informou a Lusa.
“Posso anunciar que o fenómeno ciclone 2 está a sair do nosso país. As chuvas têm sido leves, moderadas e tudo está sob controlo na zona norte costeira da Venezuela, graças a Deus", disse Nicolás Maduro, num contacto telefónico com a televisão estatal venezuelana.
O chefe de Estado explicou que historicamente, em 1954, registaram-se chuvas fortes, sobretudo prolongadas, mas que "ninguém se lembra de um ciclone".
"Fizemos o que havia a fazer, alertar o nosso povo, confiar na consciência da nossa gente, na capacidade e eficiência da união do poder popular com o nosso poder militar", frisou o político, que elogiou o "extraordinário trabalho de prevenção" das instituições venezuelanas.
Perante o novo cenário, Maduro ordenou que as actividades escolares sejam retomadas de imediato.
"Vamos regressar às aulas novamente. O ano escolar já está terminando, muitas crianças e jovens estão a preparar o acto de encerramento escolar. A voltar à escola, ao colégio, aos liceus e universidades, a voltar passo a passo à normalidade", frisou.
Maduro explicou que o ciclone tocou terra na vizinha Trinidad e Tobago e desviou-se para norte, perdendo intensidade.
"Falta ver que evolução terá quando chegar ao mar das Caraíbas Ocidentais, mas no que tem a ver com a Venezuela, essa ameaça debilitou-se e tomou outro rumo", disse e lembrou as medidas tomadas, como a suspensão das aulas, restrição de voos, proibição de saída de embarcações, protecção de instalações petrolíferas e refinarias, encerramento de vias terrestres e praias.
As autoridades venezuelanas abriram refúgios para as populações em situação de risco.
O Presidente da Venezuela alertou, na terça-feira, para aproximação, pela primeira vez, de um ciclone, que podia atingir o país, atribuindo o fenómeno ao aquecimento global.
Esta situação é "resultado do aquecimento global, da destruição do planeta que o capitalismo tem causado nos últimos 100 anos", afirmou.