Londres - Depois da votação dentro do Partido Conservador, a ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido transita hoje para o cargo do Primeiro-Ministro, Liz Truss, segundo o número 10 de Downing Street.
A campanha foi longa, mas é finalmente conhecido o nome da nova ocupante do número 10 de Downing Street, Liz Truss, confirmada o seu favoritismo esmagador, ao vencer as eleições para ser a líder do Partido Conservador e será nomeada, na terça-feira, a nova primeira-ministra do Reino Unido.
A nomeação será consumada depois de Boris Johnson visitar a rainha Isabel II na Escócia, no palácio de Balmoral, para apresentar oficialmente a sua demissão.
O anúncio da vitória da antiga ministra foi feito por Graham Brady, deputado e presidente do influente Comité 1922 (o grupo parlamentar do Partido Conservador), que informou que Liz Truss venceu com 81.326 votos.
Já Rishi Sunak, antigo ministro da Economia e derrotado na votação final, ficou-se pelos 60.399 votos.
Considerada como a opção mais segura do Partido Conservador, Liz Truss, de 47 anos, é efectivamente a candidata da continuidade, tendo passado por vários cargos nos governos conservadores - o último foi o de ministra dos Negócios Estrangeiros - e reunindo um apoio mais generalizado da direita.
A nova primeira-ministra tem à sua frente a enorme crise energética que já está a afectar o Reino Unido, e Truss não tem escondido a preferência por políticas de relaxamento de impostos para as pessoas e empresas mais ricas.
Argumentando que levará a uma descida de preços - uma ideia refutada por muitos especialistas.
Truss tem-lhe valido comparações a Margaret Thatcher, a primeira-ministra dos anos 80 que implementou o neo-liberalismo no Reino Unido - uma política muito controversa que, enquanto alguns elogiam pela forma como liberalizou o mercado.
Muitos outros especialistas responsabilizam-no pelo deterioramento das condições de vida dos mais pobres e ao aumento da desigualdade entre classes.
No The Guardian, são vários os jornalistas económicos que apontam críticas e demonstram cepticismo em relação ao plano de Liz Truss para a economia e para a crise energética, conhecido informalmente como 'Trussonomics'.
Ao jornal britânico, o director do Instituto dos Estudos Fiscais, Paul Johnson, disse que as políticas da nova primeira-ministra deverão aumentar ainda mais a inflação que tem prejudicado gravemente a economia.