Paris - Marine Le Pen, "sem ressentimento e sem rancor", concedeu derrota frente a Emmanuel Macron, depois das primeiras projecções terem dado a vitória ao actual presidente com 58,2% dos votos.
Num discurso na sua sede de campanha, pouco depois de serem conhecidas as projecções, a candidata da extrema-direita, considerou que os franceses que votaram nela escolheram "o campo nacional e da mudança".
É a segunda vez que Le Pen perde para o presidente, do partido liberal La République En Marche!: em 2017, Macron venceu confortavelmente.
Ainda assim, a candidata considerou ser uma "vitória" a subida nas percentagens, de 33,9% em 2017 para cerca de 41%, e, nestas primeiras palavras, não mostrou vontade em abandonar o objectivo de chegar à liderança de França.
Le Pen admitiu a derrota, mas não deixou de criticar Macron e de vincar que a situação económica em França não irá melhorar com o presidente ao leme, cujo projecto acusou de ser "divisivo" para o país.
"Os franceses exprimiram a vontade de um contrapoder forte ao poder de Emmanuel Macron", concluiu.
A líder do Rassemblement National já está a olhar em frente e a apontar baterias para as legislativas, que se realizarão no dia 12 de Junho de 2022. "Esta França que foi muito esquecida, nós não a esqueceremos", afirmou.
Com a vitória deste domingo, Emmanuel Macron torna-se o primeiro presidente desde Jacques Chirac, em 2002, a ser reeleito para o Eliseu, já que Nicolas Sarkozy e François Hollande falharam o objectivo de um segundo mandato, em 2012 e 2017 respectivamente.