Moscovo - A Presidência russa "vai estudar" a proposta de cimeira feita na terça-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, numa conversa com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, anunciou hoje o porta-voz da presidência russa.
"É ainda prematuro falar desse encontro de modo concreto. É uma nova proposta que vai ser estudada", indicou à imprensa Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin (Presidência russa), que descreveu a conversa entre os dois presidentes como "profissional" e disse ter durado "muito tempo".
Segundo Peskov, nenhuma "lista de temas a discutir está em preparação".
O porta-voz indicou, por outro lado, que o Presidente Biden não abordou o assunto de Alexei Navalny, opositor que terá sido envenenado e está actualmente preso, cujo destino é considerado um tema crucial para os ocidentais.
O líder americano propôs a Putin a realização de uma cimeira, num país terceiro e nos próximos meses, "para construir uma relação estável e previsível", segundo um comunicado da Casa Branca.
A proposta acontece numa altura em que a situação na Ucrânia torna-se mais preocupante, com o Governo desse país acusar a Rússia de preparar um "casus belli" (caso de guerra) para justificar uma eventual invasão.
Peskov repetiu que a preocupação sobre os movimentos de tropas russas é "infundada" e que a Ucrânia deve parar as "provocações" militares no Leste.
Na conversa telefónica, o Presidente dos Estados Unidos expressou ainda a sua "preocupação com o repentino aumento de tropas russas na Crimeia ocupada e na fronteira com a Ucrânia", apelando à Rússia para "diminuir as tensões".
Desde Janeiro e da chegada ao poder do novo Presidente norte-americano, as relações entre a Rússia e os EUA degradaram-se.
