Washington - O presidente eleito dos Estados Unidos da América, Donald Trump está acusado de 34 crimes, mas tal não afectou a sua campanha para um segundo mandato na presidência dos Estados Unidos, anuncia o Notícias ao Minuto.
Um juiz de Nova Iorque confirmou esta sexta-feira que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, não será condenado este mês pelos 34 crimes de que está acusado num caso de alegado suborno, estabelecendo em vez disso um calendário para que os procuradores e os advogados de Trump possam definir os próximos passos a dar.
Perante as várias acções judiciais neste caso desde que Trump ganhou as eleições presidenciais a 05 de Novembro, tornou-se claro que a data inicialmente prevista para a leitura da sentença, 26 de Novembro, não se manteria.
O despacho do juiz Juan M. Merchan, na sexta-feira, tornou essa inevitabilidade uma realidade formal, mas não chegou a fixar uma nova data.
Em vez disso, Merchan solicitou a ambas as partes que apresentassem novas alegações durante as próximas duas semanas e meia sobre como proceder, tendo em conta a tomada de posse iminente do presidente eleito.
As implicações constitucionais de um presidente eleito enfrentar condenações antes da sua tomada de posse não são claras, uma vez que as circunstâncias do caso contra Trump não têm precedentes.
Os advogados de Trump querem que o processo seja imediatamente arquivado, alegando que, de outra forma, interferiria com os seus deveres presidenciais.
Os procuradores indicaram que estão dispostos a suspender o processo, talvez quando Trump estiver em funções, mas que não querem que seja totalmente arquivado.
O procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, um Democrata, afirmou que a solução tem de equilibrar as obrigações da presidência com "a santidade do veredito do júri".
O porta-voz de Trump e novo director de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung, saudou a decisão de sexta-feira como "uma vitória decisiva" para Trump.
Trump foi condenado em maio por falsificar registos de negócios para disfarçar a verdadeira natureza de uma cadeia de pagamentos que forneceu 130.000 dólares à actriz de filmes para adultos Stormy Daniels.
Ela recebeu os pagamentos através do então advogado de Trump nos últimos dias da campanha presidencial de 2016 ou seja, antes de Trump se tornar um funcionário público.
O pagamento destinava-se a mantê-la em silêncio sobre um encontro sexual que ela diz ter tido com Trump uma década antes. Trump nega as alegações de Daniels e diz que não fez nada de errado. MOY/AM