Londres - Uma jornalista chinesa, radicada há 20 anos na Suécia, foi expulsa desse país, sob acusação de representar uma ameaça à segurança nacional, segundo revelou na segunda-feira a SVT, emissora pública sueca, e o jornal Göteborgs-Posten.
O nome da jornalista não foi divulgado, mas segundo a SVT, entrou legalmente na Suécia. Casou com um cidadão sueco e tem filhos.
Ela se encontrava detida desde Outubro de 2023, quando regressava ao país. Um advogado tentou reverter a decisão de deportá-la em um tribunal de recursos, mas na semana passada a Agência Sueca de Migração ordenou a expulsão com carácter vitalício, em decisão assinada pelo Ministro da Justiça.
A SVT informou que durante muitos anos, a jornalista chinesa manteve contactos estreitos com a embaixada e pessoas ligadas ao regime da China na Suécia.
Publicava artigos diários em suas próprias páginas de notícias, e no ano passado foi destaque num relatório publicado pelo Centro Nacional de Conhecimento sobre a China do Instituto de Política Externa a respeito da media de língua chinesa na Suécia e as suas conexões com defensores do Partido Comunista, refere a imprensa sueca.
O advogado da jornalista, Leutrim Kadriu, disse à SVT que a repórter não acredita que representa uma ameaça para a Suécia e que as acusações são baseadas em factos não verídicos, mas não forneceu detalhes sob o argumento de que o processo envolve segurança nacional e por isso tramita em sigilo. DSC/JM