Itália volta a pedir que ONG levem migrantes resgatados para os seus países

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  • Luanda • Sexta, 29 Setembro de 2023 | 15h56

Roma - O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, reiterou hoje que os migrantes resgatados no Mar Mediterrâneo devem ser levados para os países de origem das organizações não-governamentais que operam os navios de resgate.

Segundo o Governo de Roma, os sete navios de bandeira alemã geridos por organizações de resgate de migrantes que operam no Mediterrâneo Central devem levar os migrantes para a Alemanha, em vez de os desembarcar em Itália, como têm feito até agora.

Tajani, que também é vice-primeiro-ministro, disse que a Itália quer obter um acordo para o novo pacto migratório, que determine que os navios das organizações não-governamentais (ONG) de resgate no mar levem os migrantes que salvem para os países que as gerem.

"As ONG que arvoram bandeira alemã ou de outro país devem recolher os migrantes e levá-los para os seus países", afirmou Tajani.

A questão já foi amplamente discutida em Novembro de 2022, quando o Governo liderado por Giorgia Meloni, constituído por uma coligação de direita e extrema-direita, proibiu a entrada nos seus portos de navios de ONG e bandeira estrangeira.

Já em 2018 e 2019 o Governo italiano tinha adoptado uma política de portos fechados, promovida pelo então ministro do Interior, Matteo Salvini.

Segundo alegou hoje o ministro Tajani, os navios geridos por ONG são um factor de atracção para os migrantes, posição que tem sido contrariada pelos políticos de centro-esquerda ao lembrarem que estes navios representam apenas uma pequena fracção dos migrantes resgatados no Mediterrâneo, sendo a esmagadora maioria recolhida pela Guarda Costeira, pela guarda financeira por navios da polícia e da Marinha.

Nas últimas semanas, a Itália voltou a colocar em destaque a questão dos migrantes que chegam ao seu país, sobretudo depois de se ter sido registado, em pouco dias, um grande aumento do número de pessoas que desembarcaram em Lampedusa.

A pequena ilha, que tem uma população residente de apenas 6.000 pessoas recebeu, em três dias, mais de 10.000 migrantes, gerando-se um caos logístico que levou a Itália a clamar por solidariedade e medidas da União Europeia.

Durante os últimos oito dias nenhum navio chegou à ilha, devido às condições adversas do mar, mas hoje os barcos de migrantes recomeçaram a desembarcar em Lampedusa.

Até ao final da manhã, três barcos já tinham desembarcado um total de 90 pessoas, sobretudo da Tunísia, Bangladesh e Síria.AM/DSC

   





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