Roma - A Itália planeia reduzir o aquecimento nas casas e empresas durante o próximo inverno, com o objectivo de reduzir a quantidade de gás utilizado no país e reduzir os riscos associados a uma eventual paragem total dos fluxos de gás russo.
Segundo um plano governamental anunciado esta terça-feira, a temperatura em blocos de apartamentos e outros edifícios públicos será regulada nos 19ºC, 1ºC abaixo do definido anteriormente. Em instalações industriais, a temperatura será fixada nos 17ºC.
Em todos estes locais, o aquecimento estará também ligado durante uma hora a menos por dia.
Adicionalmente, a cidade de Roma está ainda em conversações com o lobby industrial Confindustria, com o intuito de estabelecer um acordo para uma nova redução no consumo de gás, numa base voluntária.
Com estas medidas, Itália pretende que o consumo de gás seja reduzido em mil milhões de metros cúbicos no período entre Agosto e Março. O país planeia ainda uma redução adicional na ordem dos 2,1 mil milhões de metros cúbicos através do uso de combustíveis alternativos para gerar electricidade.
No documento governamental onde o plano é apresentado, está previsto um aumento na produção das centrais eléctricas a carvão e a petróleo existentes no país - o que se prevê que leve a uma redução no consumo de gás de cerca de 1,8 mil milhões de metros cúbicos.
Uma poupança que pode ainda vir a ser maior através de outras medidas destinadas a encorajar os utilizadores individuais e as empresas a reduzir o consumo de gás. Tal significaria que a procura global no país poderia diminuir em 15% ou em, pelo menos, 8,2 mil milhões de metros cúbicos, em conformidade com os planos mais ambiciosos da União Europeia.
Segundo o documento, os tanques de armazenamento de gás de Itália estavam a 83% da capacidade no início de Setembro, de forma a preparar os meses frios que se avizinham.