Roma - Investigadores da Direcção de Investigação Antimáfia italiana executaram, esta quarta-feira, uma ordem emitida pelo Tribunal de Bari e confiscaram bens num valor total de cerca de 1,6 milhões de euros a um empresário de Cerignola.
O empresário com várias condenações, que operava há décadas no sector de adulteração de azeite, escreve o la Republicca, pode ser considerado, tendo por base as condenações e medidas de coação de que foi alvo no passado, um dos principais traficantes de azeite adulterado em Itália e em vários mercados estrangeiros.
A ordem foi emitida depois de os investigadores apurarem uma grande desproporção entre os rendimentos do empresário, o seu agregado familiar e o património acumulado.
Entre os bens confiscados estão uma empresa que opera no sector do azeite, três automóveis e três apartamentos, bem como um complexo imobiliário constituído pela fábrica da empresa e um terreno.
De notar que a adulteração de azeite, que também tem sido identificada em Portugal, tem sido um problema em Itália.
No início deste mês, por exemplo, a polémica instalou-se em Roma, quando uma investigação revelou uma vasta fraude com a utilização de azeite extra virgem contrafeito.
Cerca de 50 restaurantes, nomeadamente no centro histórico e em alguns dos bairros mais famosos da capital italiana, adquiriam azeite adulterado.
Este azeite era composto por óleo de sementes (de baixa qualidade e origem desconhecida) corrigido com betacaroteno, para disfarçar o sabor, e clorofila, para alterar a cor. JM