Nova Iorque - O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, abandonou uma das sessões da 77.ª Assembleia Geral no momento em que o presidente do Irão, Ebrahim Raisi, discursava, na quarta-feira.
Gilad Erdan mostrou uma fotografia de uma das avós, sobrevivente do Holocausto, enquanto abandonava a sala.
O protesto surgiu na sequência de declarações do líder iraniano, que foi questionado sobre se acreditava que o Holocausto tinha acontecido.
“Eventos históricos devem ser estudados por historiadores e investigadores. Há alguns sinais de que aconteceu. Se assim é, deveria ser investigado”, respondeu Ebrahim Raisi durante uma entrevista ao programa "60 Minutos", da CBS.
As declarações foram criticadas nas redes sociais, tendo, inclusive, o primeiro-ministro de Israel reagido. Partilhando o tweet da conta oficial do “60 Minutos”, Yair Lapid comentou: "Alguns sinais", escreveu, partilhando de seguida algumas fotografias do Holocausto.
A semana de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas começou na terça-feira, na sede da ONU em Nova Iorque, e irá prolongar-se até à próxima segunda-feira, com a presença de dezenas de chefes de Estado e de Governo.
Esta é a primeira Assembleia Geral desde o início da guerra na Ucrânia e a primeira em formato presencial desde o início da pandemia.
O evento decorre sob o tema "Um Momento Divisor de Águas: soluções transformadoras para desafios interligados", e terá como foco a guerra na Ucrânia e as crises globais a nível alimentar, climático e energético.