Beirute - Israel bombardeou sexta-feira os arredores do sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, em resposta ao lançamento de foguetes contra o seu território, noticiou a AFP.
O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, descreveu o ataque como “uma escalada perigosa”.
O Exército israelita havia pedido a evacuação de parte da zona ao sul da capital em preparação para o bombardeamento, que foi uma resposta ao lançamento de dois “projécteis”, dos quais um foi interceptado e o outro caiu em solo libanês.
Além do ataque em Beirute, Israel disparou contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano. O ministério da Saúde libanês reportou cinco mortos nos bombardeamentos no sul do país, enquanto na capital não houve vítimas fatais.
Muitas escolas fecharam nessa região, assim como na cidade costeira de Tiro, que já havia sido bombardeada no último dia 22.
Esta é a segunda vez desde a trégua que entrou em vigor a 27 de Novembro que os foguetes disparados do Líbano atingem Israel. A primeira foi a 22 de Março.
“Se não houver calma em Kiryat Shmona e nas localidades da Galileia”, uma região no norte de Israel, “não haverá calma em Beirute”, alertou o ministro da Defesa israelita, Israel Katz.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, alertou que Israel atacará “em qualquer lugar do Líbano contra qualquer ameaça”.
Segundo o presidente libanês, Joseph Aoun, “tudo indica (…) que o Hezbollah não é responsável” pelo lançamento de foguetes e anunciou a abertura de uma investigação.
O presidente francês, Emmanuel Macron, que recebeu Aoun em Paris, descreveu os bombardeamentos israelitas como “inaceitáveis” e uma “violação do cessar-fogo de Novembro”.