Jerusalém — Uma nova rodada de ataques aéreos israelenses no Iêmen teve como alvo, na quinta-feira, a capital controlada pelos rebeldes Houthi e vários portos, enquanto o director-geral da Organização Mundial da Saúde disse que o bombardeamento ocorreu próximo de si.
Segundo a Associated Press, o director-geral da OMS se preparava para embarcar num voo em Sanaa, com um membro da tripulação ferido.
“A torre de controlo de tráfego aéreo, a sala de embarque — a poucos metros de onde estávamos — e a pista foram danificadas”, disse Tedros Adhanom Ghebreye na plataforma de mídia social X.
Acrescentou que ele e os colegas da ONU estavam seguros. “Precisaremos esperar que os danos ao aeroporto sejam reparados antes de podermos sair”, disse, sem mencionar a fonte do bombardeamento. A porta-voz da ONU Stephanie Tremblay disse mais tarde que a pessoa ferida estava com o Serviço Aéreo Humanitário da ONU.
Pelo menos três pessoas foram posteriormente relatadas mortas e dezenas ficaram feridas no ataque ao aeroporto. Os membros da equipa da ONU deixaram o aeroporto e estavam “sãos e salvos” em Sanaa.
Tremblay disse que a avaliação dos danos seria feita na manhã desta sexta-feira para ver se o chefe da OMS e a equipa da ONU podem deixar o Iêmen.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou a escalada de ataques entre Iêmen e Israel e descreveu os ataques de quinta-feira como “especialmente alarmantes”, disse Tremblay.
Mais tarde, o exército israelita disse à Associated Press que não sabia que o chefe ou a delegação da OMS estava no local no Iêmen. ADR