Telavive - O Exército israelita assegurou hoje que está a lutar contra o grupo xiita Hezbollah e "não contra as Forças Armadas libanesas", depois de as autoridades militares do Líbano terem anunciado a morte de quatro soldados em dois ataques israelitas, noticiou o site Notícias ao Minuto.
“Insistimos no facto de que o Exército israelita está a realizar operações específicas contra o Hezbollah e que não está a agir contra as Forças Armadas libanesas", indicou uma declaração militar israelita, citada pela agência francesa AFP.
Hoje, o Exército libanês anunciou a morte de um dos seus soldados que, segundo precisou, foi morto esta manhã num ataque israelita a um veículo militar no sul do Líbano.
Na terça-feira, as Forças Armadas libanesas já tinham informado da morte de três soldados num ataque israelita em Sarafand, uma cidade costeira a cerca de 40 quilómetros da linha de demarcação entre Israel e o Líbano.
"Uma infra-estrutura terrorista dentro da qual os terroristas do Hezbollah realizavam operações foi atingida por Israel na região de Sarafand", escreveu o Exército israelita no mesmo comunicado.
As fontes militares israelitas acrescentaram que "estão a examinar informações segundo as quais soldados das Forças Armadas Libanesas ficaram feridos neste ataque", sem, no entanto, fazer qualquer referência ao outro incidente mortal mencionado pelo Exército libanês.
Alegando querer impedir o Hezbollah de realizar ataques contra o seu território, Israel lançou uma intensa campanha de bombardeamentos contra o movimento xiita pró-iraniano no Líbano, a 23 de Setembro, e lançou uma ofensiva terrestre sete dias depois, no sul do país.
As duas partes já estavam envolvidas num fogo cruzado transfronteiriço desde Outubro de 2023.
O Hezbollah iniciou ataques contra o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, um dia depois de um ataque do grupo extremista palestiniano ter desencadeado uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
A violência entre Israel e o movimento xiita libanês, apoiado pelo Irão, fez mais de 3.540 mortos, desde Outubro de 2023, a maior parte dos quais nos últimos dois meses.
Do lado israelita, 79 soldados e 46 civis foram mortos em 13 meses de violência. MOY/AM