Jakarta - As equipas de resgate continuam hoje as buscas para encontrar sobreviventes, após o sismo com magnitude 5,6 na escala de Richter registado na segunda-feira na ilha indonésia de Java, que causou 162 mortos e centenas de feridos.
O epicentro do abalo situou-se perto da cidade de Cianjur, na província de Java Ocidental, a mais populosa deste arquipélago do sudeste Asiático.
O sismo causou o desabamento de prédios e deslizamentos de terra provocados pelos tremores que atingiram aquela região tão montanhosa.
O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, prometeu indemnizações durante uma visita ao local e pediu às equipas de resgate "que mobilizem o seu pessoal" para permitir a retirada das vítimas.
"Hoje estamos concentrados em retirar as vítimas soterradas pelos deslizamentos de terra", disse Rudy Saladin, oficial militar local, avançando com a possibilidade de haver mais vítimas.
As equipas de resgate estão a tentar abrir caminho entre os escombros e as árvores caídas para chegar às áreas onde os moradores estarão presos, disse Dimas Reviansyah, um socorrista de 34 anos.
O país, com mais de 270 milhões de pessoas, é frequentemente atingido por sismos, erupções vulcânicas e 'tsunamis' devido à sua localização no "Anel de Fogo", um arco de vulcões e placas tectónicas na falha na Bacia do Pacífico.
Cerca de 7.000 terramotos são registados anualmente, a maioria dos quais moderados.
Em Fevereiro, um terramoto de magnitude 6,2 matou pelo menos 25 pessoas e feriu mais de 460 na província de Sumatra Ocidental.
Em Janeiro de 2021, um sismo de magnitude 6,2 matou mais de 100 pessoas e feriu quase 6.500 na província de Sulawesi Oeste.
Uma das catástrofes mais mortais do país ocorreu em 2004, quando um forte sismo no norte da ilha indonésia de Sumatra desencadeou um 'tsunami' que fez mais de 226 mil mortos numa dezena de países banhados pelo oceano Índico, a maioria dos quais na Indonésia.