Ahmedabad - Um tribunal indiano condenou hoje (terça-feira) 49 pessoas no âmbito do julgamento dos atentados à bomba em Ahmedabad, no oeste da Índia, que deixaram 56 mortos e mais de 200 feridos em 2008.
Os condenados, cujas sentenças serão anunciadas na quarta-feira, foram considerados culpados de assassínio e associação criminosa, disse o procurador Amit Patel aos jornalistas diante de um tribunal em Ahmedabad, a principal cidade do Estado de Gujarat.
Outros 28 réus foram absolvidos por falta de provas, declarou o procurador. No total, 77 pessoas foram julgadas neste processo que durou quase dez anos e no qual mais de 1.100 testemunhas foram intimadas a depor.
Em 26 de Julho de 2008, foram realizados em Ahmedabad uma série de ataques à bomba, em lugares frequentados por muitas pessoas.
Os ataques foram reivindicados pela organização extremista dos "'mujahidine' indianos" em retaliação pelos confrontos inter comunitários em Ahmedabad, que causaram cerca de 2.000 mortos, principalmente muçulmanos, em 2002.
A violência foi desencadeada pela morte de 59 hindus no incêndio de um comboio, primeiro atribuído aos muçulmanos antes de ser declarado acidental.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que na altura era chefe do governo do Estado de Gujarat, foi acusado de fechar os olhos à violência.
Em 2008, a Índia foi atingida por uma onda de ataques à bomba reivindicados pelos "'mujahidine' indianos", que atingiu a capital, Nova Deli, e a cidade turística de Jaipur, no norte do país.
Em Novembro do mesmo ano, 166 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em ataques, que duraram três dias, com metralhadoras AK-47 e granadas em Mumbai, capital financeira da Índia, por um grupo extremista sediado no Paquistão.
