Índia opõe-se aos talibãs em Cabul e acusa Paquistão de extremismo

     Mundo           
  • Luanda     Sábado, 25 Setembro De 2021    17h24  

Nações Unidas, Nova Iorque - O primeiro-ministro indiano disse hoje na ONU que nenhum país lucra com os talibãs, no poder no Afeganistão, depois de acusar de extremismo o Paquistão, que exortou o mundo a trabalhar com os novos líderes em Cabul, noticiou a Lusa.

“É absolutamente essencial garantir que o território do Afeganistão não seja usado para desenvolver o terrorismo e para ataques terroristas”, disse o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, à assembleia geral das Nações Unidas.


“Devemos estar vigilantes e garantir que nenhum país tente tirar vantagem da difícil situação que existe e usá-la como uma ferramenta para seus próprios interesses egoístas”, disse Narendra Modi.


No dia anterior, durante um encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa Branca, em Washington, o primeiro-ministro indiano expressou sua preocupação com o papel do Paquistão no Afeganistão.


Narendra Modi pediu “um exame minucioso e vigilância do papel do Paquistão no Afeganistão – o papel do Paquistão na questão do terrorismo”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, Harsh Vardhan Shringla, aos jornalistas após a reunião.


No seu discurso nas Nações Unidas, em que interveio na sexta-feira através de um vídeo pré-gravado, o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, disse por sua vez que os talibãs tinham prometido respeitar os Direitos Humanos e encorajou a comunidade internacional a dialogar com os novos detentores do poder afegão.


“Devemos fortalecer e estabilizar o actual governo para o bem do povo do Afeganistão”, afirmou o chefe do Governo de Islamabad.
Khan também defendeu a atitude do seu país, o principal apoiante do regime talibãs entre 1996 e 2001, que impôs uma interpretação rigorosa do Islão e aceitou a Al-Qaeda, o que levou à intervenção militar norte-americana no Afeganistão, após os ataques do 11 de Setembro de 2001.


Os Estados Unidos acusaram os serviços secretos do Paquistão de apoiarem os talibãs, e o ex-Presidente norte-americano Donald Trump, antecessor de Joe Biden, decidiu cortar a ajuda militar dos Estados Unidos.


Além do Afeganistão, Imran Khan acusou a Índia de “fazer reinar o terror” sobre os muçulmanos, o que gerou uma forte reação da delegação indiana. O governante paquistanês acusou ainda Narendra Modi de pretender “purificar a Índia dos seus muçulmanos”.


“A pior e mais difundida forma de islamofobia reina actualmente na Índia” e diz respeito aos cerca de 200 milhões de muçulmanos que vivem neste país, disse Imran Khan.


Uma das questões que dividem a Índia e o Paquistão é a região de Caxemira, território, sob bandeira indiana, nos Himalaias, que faz fronteira entre os dois países.


A situação agravou-se na Caxemira indiana a partir de 2019, quando Nova Deli revogou a semi-autonomia da região, colocando-a sob sua autoridade direta.


Os habitantes da região, predominantemente muçulmana, dizem que a repressão se intensificou desde então.
Imran Khan, que deve reunir-se com o Presidente Biden, acusou as autoridades norte-americanas de fazerem “vista grossa” às “violações dos Direitos Humanos” pela Índia.


No final da noite de sexta-feira, um diplomata indiano exigiu o direito de resposta e deu uma resposta vigorosa a Imran Khan. A diplomata Sneha Dubey acusou o Paquistão de ter abrigado o líder da al-Qaeda, Osama Bin Laden, morto pelas forças especiais dos Estados Unidos em 2011, numa operação na cidade de Abbottabad, onde estava escondido.


“É um país incendiário que se apresenta como bombeiro”, disse. “O Paquistão alimenta terroristas no seu quintal e espera que eles prejudiquem apenas os vizinhos”, disse a diplomata.
 

 





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