Majuro - Mais de 3.000 pessoas testaram positivo ao SARS-CoV-2, com mais de 1.000 infecções a terem sido contabilizadas no espaço de apenas 24 horas nas Ilhas Marshall, mas segundo as autoridades os números reais deverão ser ainda mais elevados, uma vez que as taxas de notificação tendem a ser mais baixas durante o fim-de-semana, soube-se de fonte oficial.
Antes do surgimento desta vaga de contágios, este grupo de ilhas não tinha registado qualquer caso de transmissão comunitária do vírus, tendo apenas até então contabilizadas cerca de 60 infecções.
O ministro da saúde local, Jack Niedenthal, recorreu recentemente à rede social Facebook para dar conta de que 75 por cento das pessoas que foram testadas à doença na capital Majuro estavam a apresentar um resultado positivo.
Sete pessoas foram hospitalizadas e duas morreram após terem contraído a doença, de acordo com os mais recentes dados avançados pelo responsável máximo pela pasta da Saúde, numa altura em que cerca de 70 por cento está já vacinada contra a doença.
Segundo o ministro Niedenthal, há já "quem sugira" a imposição de um "confinamento", embora essa opção se apresente como improvável, ressalvou. "Para simplificar, os confinamentos não funcionam com a linhagem BA.5 da variante Ómicron" neste país, explicou, baseando-se em "provas históricas e científicas".
"Isto porque, na Micronésia, a maioria de nós vive em casas com muitos membros da família", elaborou ainda o ministro da Saúde.
Face a este contexto, dois peritos dos Centros de Controlo de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América foram já enviados para este grupo de ilhas, com o objectivo de ajudar a responder a este surto.
As Ilhas Marshall conseguiram manter, ao longo dos últimos dois anos, o estatuto de nação livre de Covid-19, tendo optado por restringir o acesso de cidadãos estrangeiros ao país para controlar a disseminação da doença.