Hamas condiciona regresso às reuniões de Cairo sobre guerra em Gaza

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  • Luanda     Quinta, 11 Abril De 2024    15h58  

Gaza - A delegação do movimento islamita Hamas admite não regressar ao Cairo, onde decorre uma ronda de negociações sobre a guerra em Gaza, depois de ter rejeitado a maioria das propostas dos mediadores, disseram à EFE fontes palestinianas.

O Hamas, que controla Gaza, está a considerar enviar um novo documento com propostas reformuladas aos mediadores egípcios e do Qatar, sem que uma delegação se desloque novamente à capital egípcia, Cairo, disseram duas fontes palestinianas, uma do Hamas e outra do governo palestiniano, que pediram anonimato.

No documento, o grupo admite declarar que rejeita a maioria das propostas apresentadas no Cairo no domingo passado pelo Egipto, Qatar e Estados Unidos sobre tréguas em Gaza, disseram as mesmas fontes.

Segundo a EFE, a posição surge depois de o Hamas ter anunciado que estava a considerar a última proposta de tréguas resultante das negociações em Cairo, que, segundo os meios de comunicação israelitas, permitiria a libertação de 40 reféns em Gaza em troca de um cessar-fogo temporário de pelo menos seis semanas e da libertação de centenas de prisioneiros palestinianos.

As fontes palestinianas não forneceram mais informações sobre os referidos reféns israelitas detidos pelo Hamas e "que fariam parte da troca".

No entanto, a estação de televisão norte-americana CNN - citando uma fonte israelita e outra próxima das conversações - afirmou que o Hamas disse aos mediadores que não consegue identificar e localizar os 40 reféns israelitas necessários para a troca.

A proposta do acordo de domingo não inclui o regresso dos palestinianos deslocados aos locais de residência nem a retirada total das forças israelitas, exigências fundamentais do Hamas.

Estas foram as exigências que levaram o Hamas a rejeitar o novo documento apresentado no domingo, segundo as fontes da EFE, sendo que o grupo não fez qualquer declaração oficial até hoje.

As fontes indicaram que o Hamas já informou os mediadores que "não está interessado em quaisquer negociações", a menos que as suas quatro exigências sejam resolvidas.

De acordo com fontes palestinianas, essas quatro exigências são "a declaração explícita de um cessar-fogo definitivo, o início de um processo de retirada global das forças israelitas, o lançamento de uma operação de ajuda humanitária com um regresso seguro e incondicional de todas as pessoas deslocadas, bem como a conclusão de uma troca de pessoas".

Uma das fontes referiu que "o que aconteceu no Cairo foi uma grande manobra liderada por Washington" e salientou que "as ideias que os norte-americanos disseram ser boas acabaram por não satisfazer nenhuma das exigências do lado palestiniano".

A fonte do Hamas referiu que os líderes dos ramos militares na Faixa de Gaza prepararam "os planos para lidar com qualquer operação em Rafah ou qualquer nova invasão" e deixou claro que não estão preocupados com "as ameaças israelitas sobre o renovar a guerra".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que as autoridades já têm uma data para a invasão da cidade palestiniana de Rafah, que faz fronteira com o Egipto. DSC/JM





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