Nova Iorque - O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, prolongou até ao final do ano o mandato do Tribunal Especial para o Líbano, que investigou o assassinato do antigo primeiro-ministro libanês, Rafik Hariri.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse quinta-feira que um plano, desenvolvido e acordado pelas Nações Unidas e pelo governo do Líbano, irá concluir os trabalhos não judiciais até 31 de Dezembro.
Os trabalhos incluem preservar registos e arquivos, responder a pedidos de informação e assegurar a protecção e apoio das vítimas e testemunhas que cooperaram com o tribunal, disse Dujarric.
O mandato do tribunal iria terminar no final de Fevereiro.
Com sede na Holanda, o Tribunal Especial condenou em Junho, “in absentia”, dois membros do grupo terrorista Hezbollah a prisão perpétua por cinco crimes ligados ao assassinato de Hariri e de mais 21 pessoas, em 2005, num atentado à bomba na marginal de Beirute que causou ainda 226 feridos.
O tribunal tem vindo a enfrentar problemas financeiros, dado que o Líbano, que é responsável por 49% das despesas, se encontra numa severa crise económica e financeira, e que os restantes 51% resultam de contribuições voluntárias, que não têm surgido apesar de apelos do secretário-geral.