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Guerra na Faixa de Gaza destruiu 60 anos de desenvolvimento

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  • Luanda • Sábado, 25 Janeiro de 2025 | 12h11
Faixa de Gaza em destroços
Faixa de Gaza em destroços
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Gaza - O chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) acredita que a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que dura há 15 meses, destruiu 60 anos de desenvolvimento, noticiou o site Notícias ao Minuto.

Em entrevista à agência de notícias AFP, Achim Steiner disse que cerca de dois terços de todos os edifícios no território palestino foram destruídos ou danificados e remover as 42 milhões de toneladas de escombros será perigoso e complexo.

O chefe do PNUD estima que a operação custe dezenas de biliões de dólares.

Entrevistado no Fórum Económico de Davos, Achim Steiner disse que "provavelmente entre 65 a 70% dos edifícios em Gaza foram completamente destruídos ou danificados".

"Também estamos a falar de uma economia que foi destruída, onde estimamos que cerca de 60 anos de desenvolvimento foram perdidos. Dois milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza perderam não apenas uma casa, mas também infra-estruturas públicas, sistemas de tratamento de esgoto, sistemas de abastecimento de água potável, bem como a gestão pública de resíduos. Todas essas infra-estruturas e serviços básicos simplesmente não existem", analisou.

Achim Steiner acrescentou que "todos estes números impressionantes não incluem a dimensão humana" porque, lamentou, "o desespero não é algo que se mede em estatísticas".

"Quando falamos de reconstrução, não estamos a falar de um ou dois anos. É uma questão de anos e anos até chegar ao início da reconstrução, da infra-estrutura física, mas também de toda uma economia. As pessoas tinham poupanças, tinham empréstimos, tinham investido em negócios. E tudo isso está perdido. Então estamos a falar de reconstrução física e económica, e até, de certa forma, de reconstrução psicossocial", insistiu.

Quanto à remoção de escombros, o chefe do programa das Nações Unidas alertou que não se trata de apenas carregar e transportar porque o material é perigoso.

"E, muitas vezes, ainda há corpos que podem não ter sido recuperados. Há munições não detonadas, minas", explicou Achim Steiner.

Para o responsável, uma opção poderia ser a reciclagem porque segundo o próprio "é possível reciclar esses materiais em grande medida e usá-los no processo de reconstrução".

"A solução provisória será mover os escombros para aterros sanitários e depósitos temporários, de onde poderão ser transportados para tratamento ou descarte permanente", referiu.

Enquanto isso, acrescentou, se o cessar-fogo for mantido e consolidado, serão necessárias enormes quantidades de infra-estruturas temporárias.

"Praticamente todas as escolas e hospitais foram seriamente danificados ou destruídos", disse o chefe do PNUD.CS





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