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Governo italiano nega uso de software de espionagem israelita contra jornalistas

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  • Luanda • Quarta, 12 Fevereiro de 2025 | 19h23
Bandeira da Itália
Bandeira da Itália
Divulgação

Roma - O governo italiano admitiu nesta quarta-feira que utiliza o software espionagem Graphite, fornecido pela empresa israelita Paragon Solutions, mas negou que o programa tenha sido usado para monitorar jornalistas.

"Como todas as inteligências do mundo, os serviços (secretos) italianos, a fim de combater organizações terroristas e criminosas em nome da segurança nacional, há muitos anos recorre a instrumentos como aqueles produzidos e fornecidos pela empresa Paragon Solutions", disse o ministro para as Relações com o Parlamento, Luca Ciriani, em audiência na Câmara dos Deputados, em Roma, segundo a agência italiana de noticias ANSA.

As declarações surgiram devido a polémica criada após uma reportagem do jornal britânico The Guardian afirmar que o spyware foi usado para monitorar mensagens de WhatsApp do jornalista Francesco Cancellato, director do site investigativo Fanpage, e o activista Luca Casarini, fundador da ONG Mediterranea Saving Humans, que realiza operações de socorro de migrantes no mar Mediterrâneo.

"As agências de inteligência respeitam a Constituição e as leis da forma mais rigorosa, o que vale sobretudo para indivíduos especificamente tutelados, começando pelos jornalistas", acrescentou Ciriani.

Além disso, o ministro negou a informação de que a Paragon Solutions tenha deixado de operar na Itália. "A empresa garantiu o fornecimento do serviço, em respeito às cláusulas contratuais, com máximo profissionalismo e seriedade. Ninguém rescindiu qualquer contrato com a inteligência. Todos os sistemas estão em plena operação contra quem atenta contra os interesses e a segurança da nação", afirmou.

Ciriani ainda ameaçou "accionar as vias legais contra quem acusou o governo de ter espionado jornalistas". O spyware Graphite é capaz de se infiltrar em dispositivos sem sequer um clique da vítima e é vendido sobretudo para clientes governamentais.

Casarini e outros dirigentes da Mediterranea Saving Humans afirmam ter sido alertados pela Meta, dona do WhatsApp, sobre uma invasão de um spyware em seus dispositivos e cobraram uma investigação sobre o caso. DSC/AM

 



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