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Governo indiano propõe plano de apoio agrícola evitando protestos

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  • Luanda • Segunda, 19 Fevereiro de 2024 | 09h17
Bandeira da Índia
Bandeira da Índia
Arquivo/Angop

Nova Délhi - O Governo da Índia propôs aos agricultores um plano de apoio aos preços de certos produtos agrícolas, o que satisfez parte das reivindicações.

Com novo plano, impediu a retoma hoje de uma marcha maciça para Nova Délhi.

"O Governo apresentou-nos uma proposta que garante o preço mínimo de venda à produção para as leguminosas, o milho e o algodão" durante os próximos cinco anos, declarou aos jornalistas Jagjit Singh Dallewal, um dos líderes da comissão de negociação dos agricultores.

O colectivo de agricultores pediu pelo menos dois dias para discutir a proposta com as outras forças sindicais, enquanto o Governo indiano considera as restantes exigências feitas pelos agricultores na reunião de domingo, que se prolongou pela madrugada.

Se as exigências não forem satisfeitas, os agricultores prometeram retomar na quarta-feira a marcha que ameaça entrar na capital indiana desde terça-feira.

"Tanto nós como o Governo vamos tentar encontrar uma solução através de conversações. Se isso não acontecer, pediremos ao Governo que nos permita ir a (Nova Délhi) pacificamente", acrescentou outro líder camponês, Sarvan Singh Pandher.

Milhares de agricultores iniciaram terça-feira uma marcha maciça a partir dos estados de Haryana e Punjab, este último conhecido como o "celeiro da Índia", para chegar a Nova Délhi e apresentar as reivindicações ao governo.

No entanto, o protesto foi travado pelas autoridades desde o primeiro dia em ambos os estados indianos.

Em Haryana registaram-se confrontos entre os manifestantes e as autoridades que recorreram a barreiras e gás lacrimogéneo para dispersar a multidão.

Organizados por vários sindicatos, os agricultores exigem, entre outras coisas, que os preços mínimos de venda para todas as culturas sejam garantidos por lei para proteger o valor das flutuações do mercado.

A introdução de preços mínimos foi uma das principais reivindicações dos protestos dos agricultores entre 2020 e 2021, quando milhares de agricultores acamparam durante quase 15 meses nas fronteiras de Nova Délhi em resposta a uma reforma agrária promovida pelo Governo indiano.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, teve de ceder à pressão e revogar a lei, para os agricultores, dava demasiado poder às grandes empresas ao desregulamentar o mercado.

Agora, os sindicatos consideram que, passados dois anos, o Governo não satisfez todas as exigências apresentadas. GAR





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