Paris - O novo Governo francês, que tem como primeira-ministra Elisabeth Borne, mantém algumas figuras chave, com mudanças no Ministério dos Negócios Estrangeiros ou Defesa, entre outras pastas.
De fora do Governo fica Jean-Yves Le Drian, um dos ministros mais experientes do Presidente Emmanuel Macron, sendo substituído por Catherine Colonna na pasta dos Negócios estrangeiros.
Colonna é diplomata de carreira, mas foi uma figura muito próxima do Presidente Jacques Chirac, de quem foi porta-voz e secretária de Estados Assuntos Europeus. A diplomata teve ainda vários postos internacionais, mais recentemente embaixadora de França no Reino Unido.
A ministra da Defesa, Florence Parly, será substituída por Sébastien Lecornu, até agora ministro dos territórios ultramarinos franceses.
Vão manter-se em funções Brune Le Maire, ministro das Finanças e da Economia, assim como Gerald Darmanin, ministro da Interior, e Éric Dupond-Moretti, ministro da Justiça.
O historiador Pap Ndiaye, actual presidente do Museu da Imigração de Paris, vai ser o novo ministro da Educação, posto até agora ocupado por Jean-Michel Blanquer, um dos ministros que causou mais fricção com os sindicatos durante o primeiro mandato de Macron.
Outra figura emblemática do anterior Governo, Roselyne Bachelot, ministra da Cultura e que já tinha sido ministra durante o mandato de Nicolas Sarkozy, é substituída por Rima Abdul Malak, até agora conselheira de comunicação e cultura no Palácio do Eliseu.
Outra novidade no Governo é o ministro da Agricultura, Marc Fesneau, até agora ministro das relações com a Assembleia Nacional.
O líder do partido do Presidente, Stanislas Guerini, vai também entrar no Executivo, tendo a responsabilidade da pasta da Função Pública, até de Amélie de Montchalin, que transita para ministra do Ambiente e Territórios.
A pasta da Transição Energética fica para Agnès Pannier-Runacher, que era secretária de Estado da Indústria.
Na Saúde, após dois anos de pandemia, Olivier Véran será substituído por Brigitte Bourguignon, Véran passará a ser ministro das relações com a Assembleia Nacional.
Para o Trabalho, o escolhido foi Olivier Dussopt, que substitui Elisabeth Borne, agora primeira-ministra, e para a Solidariedade Social o escolhido foi Damien Abad, que até agora era líder da bancada parlamentar d'Os Republicanos, com Macron a trazer mais uma figura da direita para compor o novo Executivo.
O porta-voz do Governo, Gabriel Attal, será o ministro do Contas Públicas. A sua posição vai ser ocupada por Olivia Grégoire, até agora secretária de Estado da Economia Solidária e Social.
Elisabeth Moreno, de origem cabo-verdiana, abandona o Governo, sendo agora a juíza Isabelle Rome que ficará à frente da Igualdade entre Homens e Mulheres.
No total, 12 ministros continuam do anterior Governo liderado por Jean Castex. Entre ministros e secretários de Estado, há 14 homens e 13 mulheres, num Governo quase paritário.
Até segunda-feira, os novos ministros vão tomar posse e nesse mesmo dia realiza-se o primeiro Conselho de Ministros desta nova formação.
c