Bagdad - As autoridades iraquianas condenaram hoje o ataque com um drone que matou três soldados norte-americanos destacados na fronteira entre a Jordânia e a Síria, apelando ao "fim da espiral de violência" no Médio Oriente.
"O Governo iraquiano denuncia a actual escalada", declarou o porta-voz Bassim Alawadi do Executivo de Bagdade em comunicado.
Ao mesmo tempo, o Governo de Bagdad apela ao "fim da espiral de violência", afirmando que o Iraque está pronto a ajudar no "desenvolvimento de regras fundamentais de empenhamento para evitar novas repercussões na região e impedir o alastramento do conflito", acrescentou o porta-voz.
O ataque à "Torre 22", uma base logística situada no deserto jordano, perto da fronteira com o Iraque e a Síria, causou três mortos e 34 feridos, segundo o Exército norte-americano.
Trata-se do maior número de mortos desde que os grupos armados pró Irão lançaram, em meados de Outubro do ano passado, ataques com mísseis e drones contra as tropas de Washington e da coligação internacional projectada no Iraque e na Síria.
"Não se enganem: vamos pedir contas a todos os responsáveis, quando e como quisermos", afirmou o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusando os "grupos radicais apoiados pelo Irão que operam na Síria e no Iraque".
Teerão negou o envolvimento no ataque e, até ao momento, nenhum dos grupos armados ligados ao Irão no Iraque, na Síria ou no Iémen reivindicou a responsabilidade pela acção.
Desde Outubro de 2023, mais de 150 ataques com drones ou foguetes atingiram bases onde se encontram soldados norte-americanos e da coligação internacional no Iraque e na Síria, em consequência directa da guerra em Gaza entre Israel, aliado de Washington, e o Hamas palestiniano, apoiado por Teerão.
A maior parte destes ataques foi reivindicada pelo auto intitulado grupo Resistência Islâmica no Iraque, um conjunto de grupos armados pró-iranianos, que afirma estar a agir em apoio dos palestinianos e que exige a retirada dos soldados norte-americanos destacados no Iraque.
No domingo, o grupo Resistência Islâmica no Iraque também reivindicou a responsabilidade por "ataques com drones de madrugada" contra três bases em território sírio, incluindo Al-Tanf e Rukban, perto da fronteira com a Jordânia.
No entanto, não foi possível determinar se algum destes ataques resultou na morte de soldados norte-americanos.CS