Estocolmo -O governo social-democrata da Suécia anunciou hoje o início de um debate interno sobre a situação estratégica do país e a possibilidade de uma adesão à OTAN, um cenário aberto desde o início da invasão russa à Ucrânia.
A primeira-ministra sueca e líder do partido do governo, Magdalena Andersson, afirmou, no final de Março, que "não exclui" apresentar uma candidatura à aliança militar ocidental, após ter expressado de início que preferia que o país ficasse de fora de alianças militares.
O Partido Social-Democrata, historicamente contrário a uma adesão à OTAN, confirmou no seu último congresso uma proposta nesse sentido.
Andersson afirmou que está disposta a mudar de estratégia, a cinco meses das eleições, quando o tema será uma questão central.
O número dois do partido, Tobias Baudin, indicou que o debate está aberto a todos os militantes do partido e vai ser "uma discussão mais ampla que a pergunta para sim ou não a uma adesão à OTAN".
O "diálogo sobre a política de segurança" deveria terminar antes do verão (hemisfério norte, inverno no Brasil), indicou o dirigente social-democrata.
A mudança de rumo do principal partido sueco abriria uma via para que o país integre a aliança atlântica, no momento em que a Finlândia também se prepara para tomar essa decisão antes do verão.